Que editores e livreiros percam o sono, é compreensível. Mais difícil é entender o nervosismo que domina o debate entre simples leitores sobre “o fim do livro impresso”. O clima costuma ficar tenso dos dois lados da linha que, numa simplificação caricatural, divide a humanidade entre os deslumbrados da eletrônica e os luditas de Gutenberg.
Embora seja cedo para dizer se a engenhoca chamada Kindle será mesmo um marco na história da leitura, é certo que o livro impresso em papel, um achado tão genial que há cinco séculos se mantém inalterado na essência, está à espera de seu próprio iPod. Encontrado um suporte prático e popular, a leitura mergulhará numa era inevitável: a da transferência de bibliotecas inteiras para discos minúsculos. Questão de tempo – as vantagens são grandes demais. Isso não quer dizer que o livro como o conhecemos vá desaparecer. Na pior das hipóteses, deve ter sobrevivência garantida como objeto fetichista de consumo sofisticado, convivendo com os Kindles da vida pelos próximos séculos.
Para desfazer um equívoco comum nessa discussão – o de que a era eletrônica decretará o fim da própria idéia de “livro” – a história da palavra é instrutiva. “Livro” vem do latim liber, membrana vegetal encontrada sob a casca das árvores e usada como suporte de escrita na Antiguidade. Curiosamente, o inglês book também se relaciona com uma árvore, por meio da raiz germânica bok (faia).
Como se vê, o suporte vegetal – mais tarde organizado sob a forma de rolo e depois de códice, formato encadernado que prenunciava o do livro impresso – deixou gravada nas línguas ocidentais desde os primórdios sua vitória sobre peles e tabletes de argila. Por todos esses meios, o livro como sinônimo de obra, coleção de idéias expressas de forma escrita, passou assobiando. Pode passar por mais um.
Texto publicado na “Revista da Semana”.
24 Comentários
Interessante o artigo da newsweek (e teu post que me levou a ele). Acho que essa questão será cada vez mais debatida daqui para frente. O fato de a geração mais recente estar mais próxima à tela do que ao papel também me parece irrefutável. Só acho que esta mudança chegará primeiro (se chegar) aos livros chamados de referência ou conhecimento. Ao comprar um livro de ficção, não me interessa links imediatos que possam confirmar, refutar ou ilustrar o que me está sendo contado. Temo que o kindle com toda sua interatividade acabe com o prazer solitário da leitura.
Parabéns pelo seu livro, que teve bela performance na Copa da Literatura.
Vou dar um mergulho.
Abraço
Eu adoraria ter um Kindle, mas a transmissão de dados de que ele necessita só é possível, por enquanto, por uma operadora telefônica dos EUA. Mas imaginem que delícia poder efetuar buscas no texto de um livro, por exemplo. Kindles e que tais não substituem os livros de papel, não, mas podem ser complementos realmente úteis.
Leio livros em papel e leio livros na tela, um e outro dentro das possibilidades de tempo, é claro, que tenho mais o que fazer, como ganhar dinheiro (pouco) pra alimentar, educar, vestir etc. as crias. E lerei mais livros em quais suportes inventem….e não vejo motivo pra altercações ou pra algum tipo de fla x flu nisso.
Os dicionários e enciclopédias em formato papel já foram para o saco. Tenho minhas dúvidas sobre o livro, mas seria muito longo, talvez, para explicar em um comentário.
Há várias questões e locais (salas de aula, por exemplo) e há um problema de luz que prejudica os iPods-livros. Experimente deitar-se numa rede com muta luz, durante as férias, para ler num monitor. Em dois dias vocês estará cego…
De qualquer maneira, nada é definitivo e a invenção de Gutemberg também irá para o saco, ao menos na forma de principal difusão – ainda – de cultura.
Abraço.
Quem trocou o vinil pelo CD, e depois pelo MP3 ou o vídeo cassete pelo DVD e depois pelos arquivos digitais, buscou economia, praticidade, mas fundamentalmente prazer, tanto auditivo, como visual.
Já quem troca o livro pelos livros eletrônicos ou tela de computador, ainda, não consegue essa trípice vantagem. Ler na tela pode ser até mais barato do que ler no papel, mas ainda não é mais prático nem mais gostoso. E nós nunca tivemos dificuldade de colocar a mão no bolso em nome da praticidade e do prazer. O frequentadores de moteis que o digam!!!
Os órgãos que decretarão o “fim do livro” serão o tato, o olfato, a visão e até a audição, mas, definivamente, não será o bolso.
Livro você lê na cama, no ônibus, no avião, em cima de uma árvore, plantando bananeira, almoçando, no banco da praça, e, naturalmente, gloriosamente sentado no vaso sanitário.
Livro tem aroma, provoca sensações táteis, é transportado no bolso, na bolsa, na cintura, dentro da meia.
E uma pergunta final: quantos livros você já leu de cabo a rabo, via internet?
Athayde, é claro que nenhum. Mas há uma incompreensão sua aí: a guerra agora (o Kindle é parte dela) é justamente encontrar um aparelho eletrônico de leitura que possa ser levado para a cama, para cima da árvore etc. E veja, Milton – com tela à base de e-ink, que reproduz as condições visuais do papel branco e não tem nada a ver com LCD. Sem isso não daria nem pra começar a conversa, claro.
De resto, estou muito longe de ser um deslumbrado da tecnologia (pelo contrário, sempre fiz questão de aderir às novidades no pelotão intermediário, um bom tempo depois dos pioneiros), mas toda vez que ouço essa conversa de cheiro e sensações táteis do livro, penso num sujeito apaixonado por lamparinas que dissesse: “Luz elétrica? Mas como viveremos sem o cheirinho de óleo queimado? Sem a fumacinha? Hein? Hein?”
Abraços.
Essa turma que gosta de cheiro, aroma, textura, cores de livro tem todo o direito, mas é um pouco como estalar o cristal da taça para dar efeito auditivo ao vinho. Um preciosismo fútil. Dos livros novos e cheirosos das livrarias e dos livros perfurados pelas traças dos sebos, eu só faço questão de que sejam legíveis e glosáveis. Por isso, estes e-books serão bem-vindos se forem “reader-friendly” como livros. Eu confesso aliás que fico excitadíssimo com a idéia de um peer-2-peer tipo Napster/Soulseek/Limewire só pra trocar livros.
Aliás, isso é coisa que o Jeff Bezos não vai gostar, mas a idéia do Napster de livros virá certamente. Imagine você: trocar livros de graça ao invés de ter de comprá-los a R$ 50,00 o título…
Concordo com o que disse o Mozzambani mais em cima e acrescento um dado: só uma fração da população mundial tem acesso à internet e à mídia digital. Enquanto essa situação continuar, o livro impresso não vai acabar.
Outra coisa: o Amazon-Kindle é pouco atraente em muitos aspectos. Para começar é caro. Um reader deveria custar no máximo 50 dólares para “pegar”. Porque além do reader, ainda tem que se comprar os livros individualmente. Então só compensa para quem lê muito, sei lá, uns 10 livros por mês. E mesmo assim não sei se compensa tanto, porque a maior parte do que vende são os lançamentos e eles estão sendo vendidos por 10 dólares cada um. Tem também o risco do aparelho quebrar. A tela é pequena em comparação com um livro. A navegação é esquisita.
Outra coisa: a tendência na tecnologia atual são os serviços serem cada vez mais reunidos num só aparelho: celular, agenda, câmera, acesso à internet, GPS, tocador de MP3 e um monte de outras coisas. Coisas que o Iphone começou a fazer. Esses aparelhos estão cada vez menores e mais compactos. Para um reader ser atraente para a maioria das pessoas ele teria de ter outras funções, além de acessar livros, jornais, blogs, etcetera. Se o Iphone, por exemplo, tivesse a função de leitor de e-books numa tela boa, grande, eu acreditaria no sucesso do eletrônico e no fim do impresso. Só que isso não vaia contecer, porque os Iphones ficarão cada vez menores, enquanto um e-reader precisa de tamanho para ser viável. Pelo que eu estou vendo, o livro de papel está condenado a ser a única “mídia” antiga a sobreviver à era digital. Essa mesma histeria em torno do Kindle eu assisti no ano passado com o lançamento do Sony reader. E nos próximos anos novos readers vão ser lançados e vão atingir apenas alguns nichos de leitores. A maioria vai continuar preferindo o papel e a indústria editorial vai continuar do jeito que está.
A impressão que eu estou tendo é que a iniciativa da Amazon e das editoras é uma estratégia para se antecipar à pirataria dos livros digitais, ou seja: para evitar que aconteça com as editoras o que aconteceu com as gravadoras.
Tenho a seguinte opinião sobre essa discussão toda a respeito do “fim do livro impresso”:
Tremenda punheta.
Ótimo texto Sérgio.
Fazia tempo que a polêmica sobre a extinção dos livros como os conhecemos não voltava por aqui.
Também não sou entusiasta do pelotão de frente das inovações tecnológicas. Não gosto de ser campo de teste para coisas cheias de problemas que trazem mais dor de cabeça do que soluções. Mas após o alvoroço todo e a solução dos problemas iniciais é sempre bom embarcar nas novidades.
Sem falar na questão do preço que no início é sempre absurdo… vide o DVD…
Adoro livros de papel, mas acho que tudo muda, inclusive a leitura vai mudar.
Agora uma coisa eu não consigo, ler diretamente do monitor do PC… isso sim é tortura…
Bem-vindo de volta, Rafael, digo, Adolfo.
não vejo mídia que supra as necessidades de um livro, que não a impressão… será que alguem que quer ler um romance de mais de 200pgs. vai aguentar ler em fernte a uma tela?
A questão é saber quando teremos uma “tela” leve, que não “canse” os olhos, de facil uso (quase igual virar uma página), resistente, barata…enquanto esta não chegar os livreiros e editoras poderão ficar descansados…
Em maio, na Microsoft’s Strategic Account Summit, Gates afirmou em seu discurso que “Reading is going to go completely online”.
Agora, com o Amazon Kindle, penso que essa questão já esteja definida. Disso, não devemos mais ter dúvidas.
Mas precisamos ainda responder outras questões. Uma delas é: o que um livro dirá para outros no futuro? Isso mesmo, pois me parece que cada vez mais o livro se tornará “networked”.
Tenho a opinião de que o “futuro do livro” está mais relacionado à construção de bancos de dados de conteúdos (se perceberem bem, o Kindle, mais do que um disposivo de leitura, é um “reading service” on line).
Os meios de acesso (aos conteúdos) poderão ser vários. Aqui, creio, está o verdadeiro “pulo do gato”.
Serviços como o Safari (da O’Relly), Books 24×7, Google Books (entre outros) que disponibilizam um imenso (e expansível)repositório de informações cuja leitura poderá ser (dentre outros vários tipos de leitura, inclusive a de entretenimento) orientada ao problema a ser resolvido, por exemplo. Aqui as engines de busca também tornam-se fundamentais.
A tecnologia, cada vez mais convergente, se orienta pela dissociação crescente do hardware e do software. São componentes distintos e reutilizáveis. Algo como o conteúdo do livro, dissociado de seu formato (hardcover, brochura, bolso, etc.)
Como escritores devemos permanecer atentos às eminentes revoluções que advirão sobre o modo como esses conteúdos são produzidos, agora não apenas para páginas estáticas, como as dos livros analógicos, mas também para o meio digital, hipertextual e interativo.
Escreveremos o texto e o meta-texto (vc não vê, mas, na Web, cada vez mais, o XML está lá, por trás do texto).
O formato de “comercialização” ou distribuição é e sempre será uma preocupação para os editores (sendo que esses cada vez mais se tornarão escritores-editores). Na Tools od Change for Publishing, conferência ocorrida em junho último, diversos temas relacionados ao impacto da tecnologia no mercado editorial foram abordados.
Está na hora do Brasil começar a discuti-los também.
Para os que aceitarem esse “exercício de futurologia” sugiro a leitura do interessante paper “IBM Point of View on desktops of the future and How to Get Started Today” (ftp://ftp.software.ibm.com/linux/pdfs/DesktopOfTheFutureandGettingStartedToday.pdf).
O futuro é hoje.
Só 13% da população mundial tem acesso à internet. Enquanto a tecnologia não chegar para a maioria, o livro de papel sobrevive. Não dá para comparar livro com música. É idiotice. A única vantagem do livro online sobre o de papel é o preço. O formato Mp3 não desbancou a indústria do disco só por causa do preço, mas também porque a internet disponibilizou as músicas em formato avulso. Então o velho formato de disco ficou superado. “Pra que eu vou comprar um CD com nao sei qtas musicas, se eu só quero uma e ela está disponível na Web?”. E também não faz muita diferença se a música está sendo tocada num system, no computador, num rádio, num Ipod, num celular… Música é música e quanto melhor for a tecnologia, melhor ela vai ser ouvida. Com o livro é diferente. A tela não tem nenhuma vantagem sobre o papel. No máximo ela pode se igualar em nitidez. Um cara que lê um livro a cada 3 meses não vai gastar dinheiro num Sony Reader ou num Kindle. Não tem sentido. Leitores de livros digitais já tem aos montes e livros digitalizados também, há anos. E cada vez mais livrarias são abertas e cada vez mais livros em papel são editados. Se a indústria do livro tivesse que sofrer um baque por causa do e-book, ela já teria sofrido. As crianças são habituadas com o livro de papel desde cedo, desde a escola. Não dá para negar isso. O video-cassete não acabou com o cinema, a internet não acabou com os jornais e o livro eletrônico não vai acabar com o livro tradicional. Pelo menos não nesse século. Não acreditem no que dizem Bill Gates, Bezos, a Amazon, o Google… Eles estão competindo entre si e querendo vender o peixe deles.
Essa “briga” entre tecnologia digital e papel é antiga! Quando o computador surgiu diziam que acabaria o uso de papel como suporte para documentos e o que aconteceu foi justamente o contrário… Agora é a vez do livro! Particularmente, espero que a história se repita!
Antes, é importante frisar que o livro do futuro não deixará de ser um livro. Entretanto (a) dirá mais respeito ao conteúdo do que ao “dispositivo de leitura”, (b) tornará claro como o processo de criação muda no ambiente digital, (c) aponta para uma cada vez maior “alienação do autor” de sua obra (não creio que represente sua “morte”) , pois sua criatividade tende a ser separada (e isso será inevitável) de todos os atos de sumarização, indexação, entre outros, que serão possíveis sobre o texto.
O livro estará “em rede” (networked) e será “processável”, ou seja, seu conteúdo será lido e acionado.
Os e-books de hoje, ainda não exploram esta característica de “portal” que os livros digitais podem adquirir e aqui, mais um aspecto interessante: a leitura digital liberta o leitor do projeto linear do autor, podendo ou não, levar sua atenção para outros textos (os autores precisarão ter isso em mente) e/ou aspectos que enriqueçam a sua leitura.
Os próprios autores passarão a enxergar suas obras como portais (por exemplo, essa, me parece, foi a preocupação da Objetiva e de Nelson Motta ao criarem um site de apoio para “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia” onde todas músicas comentadas na biografia recém lançada podem também ser escutadas).
Em relação às obras de referência, creio, já experimentamos os benefícios do acesso direto, não linear, ao conteúdo digital.
Leituras, anotações, bookmarks, criação de links com outros textos (como críticas e resenhas, por exemplo), imersão em aspectos que nos chame à atenção, conversão do texto em áudio e demais acessibilidades (o que tende a aumenta a inclusão de leitores portadores de necessidades especiais), etc.
O formato e a comercialização dos livros (ou conteúdos) serão impactados. Se Borges estava certo, os novos tempos (e os novos leitores) terão certa preferência por textos curtos e essa preferência será atendida.
O Amazon Shorts, por exemplo, já permite a distribuição digital de trabalhos literários curtos por 49 cents. Lulu.com tb é um ótimo exemplo de foco no leitor e não no formato.
Por isso, tb será possível que o mesmo texto possa ser “personalizado” pelo leitor (no final é claro que ele faz isso mesmo), por exemplo, e se eu preferisse ler um texto focando apenas determinadas partes, “escondendo” outras, criando uma experiência totalmente particular?
Através da leitura de um livro digital poderemos acessar grupos de discussão sobre este livro, o que (em determinadas situações) pode enriquecer nossa leitura.
Para resumir: o livro “em rede” (networked), processável, reflete a revolução social da internet, pois, além do conteúdo, trará consigo o poder das comunidades. Algo que já me parece acontecer no âmbito das redes de relacionamentos de leitores como Shelfari e LibraryThing.
O Palm não acabou com a agenda de papel. Nem o telefone celular acabou com o fixo. Há 15 anos, quando o celular começou a circular por aí, um monte de gente dizia que o telefone fixo já era. Que em pouco tempo, cada um teria o seu celular, que esse era o futuro. Afinal, pra que ter um telefone fixo em casa para todo mundo se cada um pode ter o seu e móvel? Aí eu contestava, dizia que isso não iria acontecer, e os caras argumentavam que o único entrave para essa realidade era o preço do celular que era muito alto. Aí o celular caiu de preço, ficou acessível e o fixo? Continuou firme e forte e ainda se expandiu.
O que ainda ninguém conseguiu me explicar foi o seguinte: dizem por aí que 50 e tantos por cento da população americana e 80 e tantos por cento da brasileira não lê. Quer dizer que agora, além de tudo, a gente ainda vai precisar convencer essa turma a comprar uma engenhoca de 800 reais para descobrir os “prazeres da leitura”?
A verdade é que o mundo de hoje está criando uma ilusão de que tudo vai ser digitalizado. Daqui a pouco vão dizer que o guardanapo de papel morreu e que vamos ter que baixar um guardanapo digital de um aparelhinho da Sony ou da Epson, um “e-napkin”, que vai ficar sobre a mesa de jantar, que também será digital, um holograma.
Repito o que eu disse. Enquanto menos apenas 13% da população tiver acesso à tecnologia, o livro de papel não acaba. Quem está querendo provar o contrário são os escritores frustrados com raiva das editoras e que querem ver todas indo pro ralo ou os nerds de sempre deslumbrados com tecnologia. O livro digital já existe há anos no Brasil e os aparelhos eletrônicos também. Se o Sony Reader que é muito mais prático e sensato do que o Kindle não foi capaz de fazer nenhum arranhão no mercado editorial, não vai ser a Amazon e seu aparelhinho cheio de firulas que vai fazer. O maior inimigo que as editoras tem continua a ser a falta de leitores e não vão ser os e-books que vão resolver isso. Vai ser uma educação de qualidade que esse país aqui nunca conheceu.
que vivam as novas mídias, mas gosto de tocar, ver, cheirar livros. por isso, sebo só em caso de muita necessidade, claro edições carésimas doadas sempre serão aceitas, já livros que se lêem com apenas uma das mãos jamais tomaria emprestado. (e na onda da bruna nem em exemplar não navegado.)
um comentário aí em cima me pareceu interessantíssimo, não é que o livro parece escapar da rede? falo como suporte e como produto comerciável tbém.
o baque na indústria fonográfica e nos jornalões (a fsp leio via uol e prefiro) e nesses últimos foi duro, forçando adaptações e deixando prever decadência maior.
ah, holograma das páginas centrais da g magazine, vou adorar.
Que coisa irritante essa coisa de “cheirar, tocar livros”! O importante é o conteúdo, não o veículo. Afinal, somos leitores ou meros colecionadores? Se a qualidade de leitura pode ser a mesma numa tela eletrônica e numa folha de papel, acabou a discussão. Vamos deixar o futuro chegar pacientemente e parar com o blablablá inútil.
nananinão, pra mim, a leitura de mais de duas páginas não é a mesma coisa em livro e em tela. ótimo em tela quando se quer achar uma frase que não se marcou, carregar material etc. mas gosto de papel.
leitor ou colecionador? fetiche ? bom, cada um com o seu.
Ao contrário do que muitos comentadores possam pensar, “folhear” um aparelho destes pode ser muito agradável.
Nunca usei um kindle, mas comprei um Sony Reader PRS-505 e houve vários pormenores que para mim ultrapassaram qualquer livro:
1 – O tamanho. Pequeno, leve e muito pouco espesso.
2 – Poder ler um livro electrónico e virar as páginas com uma só mão, coisa impossivel de fazer com um livro convencional. Excelente para ler nos transportes.
3 – Poder levar vários livros comigo (por vezes leio 3-4 livros em simultaneo).
4 – Bookmarks. Odeio dobrar folhas nos livros e os marcadores são criaturas horriveis que insistem em cair.
Para mais detalhes vejam aqui.