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A volta de Sam Spade

22/12/2009

Joe Gores é um autor americano de literatura policial que teve um livro muito interessante lançado no Brasil, pela Graal, em 1986: “Hammett”, um romance do gênero hard boiled, tão rigoroso quanto divertido, em que o detetive é ninguém menos que Dashiell – que foi mesmo detetive (medíocre) antes de virar escritor (brilhante) e mudar para sempre o jeito de escrever sobre crimes. E não é que o cara continua preso em sua obsessão?

Acabo de descobrir numa retrospectiva do ano da “New Yorker” que Gores lançou em 2009, com alguma discrição, um romance chamado “Spade & Archer”, que vem a ser uma prequel – a história anterior – de “O falcão maltês”.

Sim, eu sei: os mais descolados entre vocês vão dizer que ninguém agüenta mais esse papo de intertextualidade – será que depois do pós-modernismo não vem nada, não? Compreendo o enfado, mas lembro um detalhe, ou melhor, dois: Gores é um escritor de verdade; o livro não tem zumbis.

19 Comentários

  • Rafael 22/12/2009em11:32

    A intertextualidade é um saco — mesmo! — e eu não sou descolado (adjetivo, aliás, que só é empregado entre os descolados).

    Também acho um saco zumbis, bruxinhos e charadas baseadas em invencionices sobre a Idade Média.

  • Rosângela 22/12/2009em11:58

    Falcão??? hum… estamos chegando lá…

    Quanto a intertextualidade, “Amo”, pois as “conexões” nos conectam com a realidade da coisa… E ao compararmos poderemos nos descolar dos enganos e aí, quem sabe, descola-se uma lucidez … e tudo fica bem menos descolorido…

    • Rosângela 22/12/2009em12:24

      Ah! Quanto ao falcão, é “bom-Tez( sem máscara), e quanto a ilha… bem, não posso dizer agora. Mas existe.

  • Daniel Brazil 22/12/2009em13:21

    Hammett, o romance, foi filmado por Wim Wenders, numa conturbada produção do Coppola. Os dois quebraram o pau e nunca mais se falaram depois disso, mas o filme é, digamos, um fracasso interessante.

  • Sérgio Rodrigues 22/12/2009em13:36

    Bem lembrado, Daniel. Eu me lembro de ter gostado do filme também, mas o livro, como costuma acontecer, é bem melhor.

  • Drex Alvarez 22/12/2009em17:34

    Rindo alto aqui, Sérgio…. Talves sinta falta dos zumbis…

  • Drex Alvarez 22/12/2009em17:35

    Ou talvez, quem sabe… 🙂

  • Alexandre de S Thiago Lemke 22/12/2009em18:06

    Fui o u’nico que nao captei a questao dos zumbis?

  • Rosângela 22/12/2009em19:11

    Sobre o Twitter:

    Quando dei de cara com os cactos, meus pensamentos deram uma volta de trezentos e sessenta graus.

    Não precisa responder. Estou pensando alto.

    “Ele é o espinheiro ou está entre espinheiros?”
    “Cactos conservam água por muito tempo.”
    “Ao ser tocado, espeta.”
    “Cactos… espinho… espinheiro…”
    “Qual será a deste escritor?”
    “E o quê que eu tenho com isso?”
    “clico no x”. “Saio.”
    “Volto”. “Ai… estes cactos…”
    “Clico no x”. “Saio”
    “E o quê que eu tenho com isso?”
    “Qual será deste escritor?”
    “Cactos…espinho…espinheiro…
    “Ao ser tocado espeta”
    “Cactos conservam água por muito tempo”.
    “Ele é o espinheiro ou está entre espinheiros?”

    Não precisa responder, estou pensando alto.

    360 graus.

  • Rosângela 22/12/2009em19:18

    É bem chocante entrar no twitter deste escritor.
    Estamos acostumados com a nuvem… e de repente…

    Ui! kkkkk

  • Rosângela 22/12/2009em19:39

    Os cactos verdes estão lindos.

  • Rosângela 22/12/2009em19:41

    Rosa tem espinho. Será que espinho tem rosa?
    Quando eu era criança mamãe tinha um cacto espinhento, que deu uma linda flor. Que coisa… a flor era “aveludada”. Pode?

  • Roberto Almeida 22/12/2009em22:55

    “Gores é um escritor de verdade; o livro não tem zumbis” Touché.

  • Tibor Moricz 22/12/2009em23:23

    E zumbis são divertidos.

  • Tibor Moricz 22/12/2009em23:25

    Até mesmo pra lá de Galiléia.

  • Rodrigo 23/12/2009em07:50

    Uau…ou as tiradas sarcásticas do blogueiro dão-se num nível que me passa despercebido, ou não é de seu costume, mas essa eu peguei.

  • João Sebastião Bastos 24/12/2009em00:10

    Aguardo “sequel”, pelo menos que dê um filme que preste.