Clique para visitar a página do escritor.

Curiosidades etimológicas: Alho-poró

16/01/2010

Alho-poró é um eufemismo que parece ter conquistado a preferência dos falantes brasileiros. Acontece que porro e alho-porro, formas tradicionais de chamar em português a erva Allium porrum ou ampeloprasum, ganharam ressonâncias desagradáveis pela associação com “porra”. Uma associação que, longe de ser fortuita, vai fundo na história das palavras. Segundo Corominas, o filólogo eminente, tudo começou no latim, quando o alho-porro emprestou seu nome em caráter adjetivo a um tipo de maça (arma, porrete) com cabeça redonda e haste alongada, lembrando o formato da apreciada erva: a maça virou porrea, de porrum (alho).

Pois é essa porra-clava, mãe do diminutivo porrete, que vamos encontrar na boca de Bocage no fim do século 18 significando um tipo bem específico de cacete: o membro sexual masculino (“Que esse monstro, que alojas nos calções,/ É porra de mostrar, não de foder”, versejou Manuel Maria, o desbocado). Só mais tarde “porra” se tornaria uma palavra-ônibus de largo emprego, inclusive como interjeição e pontuação enfática. Mas será que veio por essa via bocagiana, numa espécie de expansão, digamos, ejaculatória, a acepção – brasileiríssima – de esperma? Ou fará algum sentido a tese, citada por Márcio Bueno em “A origem curiosa das palavras” (José Olympio), que relaciona tal acepção com a substância leitosa, de aroma acre e rápida coagulação, produzida pelo alho-porro?

Pensando bem, melhor ficar com alho-poró mesmo.

Publicado no “NoMínimo” em 23/5/2005.

36 Comentários

  • cely 16/01/2010em17:51

    Eu já acredito que o próprio formato do talo do alho-porro,seria uma justificativa.Isto e mais o tal de exsudato leitoso a que se refere Marcio Bueno e mais ainda a mente fértil do brasileiro……Em se tratando de sacanagem,duvido que exista pais mais rico que o nosso.Agora vou ter que me concentrar muito para tomar uma tigela de consommé de alho-porro sem me lembrar de voce e destas etimologias tresloucadas.

    • Frederico 17/01/2010em09:37

      Sua frase “Em se tratando de sacanagem,duvido que exista pais (Brasil) mais rico que o nosso.” é bem preconceituosa. O brasileiro não é mais criativo do que ninguém. O secular Kama Sutra, por exemplo, é um livro indiano que explica por meio de imagens e textos mil e duas posições sexuais. O francês marquês de Sade é a ponta do icerberg de um povo que adora sacanagem com violência. Aliás, no século XIX e XX, os franceses eram considerados os mais libertinos, inclusive dizem as boas línguas que esses europeus são os autores do conhecidíssimo “beijo francês”, aquele beijo que você empurra sua língua dentro da garganta da outra pessoa, enquanto ela passa a língua no céu de sua boca. E o famoso beijo grego, você conhece? Pois é, isso é apenas exemplos de que sacanagem criativa não é coisa exclusiva de brasileiro; é coisa exclusiva do gênero homo sapiens. Acho que depois do homem, vêm os macacos que adoram um adultério, um troca-troca, uma sacanagem.

    • cely 17/01/2010em14:20

      Frederico,perdoa ,eu não soube me expressar…Com sacanagem eu não quis dizer EROTISMO(kama sutra )ou PERVERSÃO(Sade).Eu me referia a essa capacidade que o brasileiro tem de dar um jeitinho de enxeragar duplo sentido em tudo o que ouve ou lê.Principalmente de fazer piada com tudo,não só em matéria de sexo.Nisso o Brasil é campeão! Agora,voce me deixou curiosa,como é o tal beijo grego?Fiquei com lombriga….

    • Frederico 17/01/2010em17:54

      Também discordo de você nesse outro ponto. Acho que a generalização sempre derruba qualquer orador, apresentador, professor, escritor. Seria melhor você dizer “a maioria dos brasileiros gostam de trocadilhos” ou “muitos brasileiros adoram fazer trocadilhos”. O trocadilho, aliás, está em todas as línguas. Há piadas que se adequam melhor numa língua do que em outra. Existe uma piada inglesa que fica sem graça em português, mas que deixa os americanos rindo muito. Ela diz assim: why is the number six afraid of seven? (por que o número seis tem medo do sete?) A resposta: Because seven eight nine (porque sete oito nove). Sem graça no português, mas em inglês a pronúnica do eight é /eit/. Para quem não sabe, /eit/ é a pronúncia de duas palavras: “eight” e “ate”. “Ate” é o passado de “eat” (comer). Assim sendo, a piada é entendida pelo nativo como “porque sete comeu nove” ou “porque sete oito nove”. O norte-americano malicioso sabe que o piadista se vale do trocadilho.

      Tal qual o alho-porró, outras palavras deixaram de ser palavrões e outras se tornaram palavrões na língua portuguesa. A palavra “coitado”, por exemplo, era um palavrão; hoje é dito em qualquer lugar sem pudor. No passado, o “coitado” era alguém que sofreu o coito violento, isto é, foi forçado a sexo com violência. Hoje em dia, o pessoal fala na frente dos padres “a coitada da fulana”, “o coitadinho do sicrano”, etc. Já a palavra “caralho” que era um vocábulo decente, virou palavrão. Nas caravelas, antigas, o caralho era um cesto localizado no alto do mastro. Neste caralho, o marujo monitorava a navegação e mandava informações a respeitos de recifes, cardumes, etc. Então, quando o comandante dizia “vá para o caralho”, o marujo subia o mastro correndo, todo alegre. Hoje, “caralho” é palavrão; não pode ser dito em qualquer ambiente. Se quiser saber mais de palavrões, visita meu blog: http://www.inglesnosupermercado.com.br/secao-de-palavrao-tabuismos-xingamentos-taboo-words-e-swearwords-no-supermercado/ – nele você verá outras palavras que deixaram de ser santas e devassas que se tornaram puras.

      Quanto ao beijo grego, só digo o que é se você for adulta.

    • cely 17/01/2010em18:43

      Pois é Fred, eu fui lá,não encontrei voce,peninha…
      e como é que voce saberia se sou adulta mesmo?
      Papagaio!!!!!!Voce sabe todos os palavrões que eu já vi em filmes a vida inteira!

    • Rafael 18/01/2010em12:20

      Coitado nunca foi palavrão, mesmo no passado remoto. Era palavra de uso muito corrente na poesia provençal.
      Caralho nunca designou o cesto existente no mastro principal das caravelas. Essa história é uma lenda-urbana, uma fantasia que ganha curso graças à incultura dos seus divulgadores.
      Santo Deus! Quanta besteira se escreve na internet.

    • Frederico 18/01/2010em13:41

      Rafael, é preciso saber viver. Você pode ser uma sumidade na inteligência linguística, mas na inteligência interpessoal, você é um completo ignorante. Se você observou que a informação está incorreta, corrija a informação, mas sem ofender pessoas. Aprenda a respeitar pessoas. Saber a origem do termo “coitado” não tornou você melhor. Ignorar a origem de “coitado” não torna ninguém pior. O universo é imenso. Saber a origem de coitado não significar saber tudo neste mundo. No mais, há diversos textos que dizem que “coitado” faz referência ao coito. Há textos também que respaldam seus argumentos. Independentemente disso, aprenda a ser respeitoso. Respeito é bom e preserva os dentes.

      Texto que respalda o ignorante Rafael
      Coitado: http://unisinos.br/blog/letras/2007/11/29/adjetivo-coitado/

      Texto que NÃO respalda o não-sociável Rafael
      Coitado: http://www.tirodeletra.com.br/etimologias/coitado.htm

      Texto que não respalda o ignorante Rafael:
      Caralho: http://www.tirodeletra.com.br/etimologias/Caralho.htm

      As informações acima podem estar certas ou erradas, não fiz pesquisa numa biblioteca para verificar. Mas se tiverem erradas, Rafael, aprenda a expor suas opiniões sem ofender ninguém. Santa bestialidade e arrogância.

    • Rafael 18/01/2010em15:39

      Disseram que eu ofendo as pessoas, que preciso aprender a respeitar os demais. Mas, observem a sutileza: eu nunca tasquei o adjetivo ignorante ao lado do nome de quem quer que seja. Apenas disse e repito: escreve-se muita besteira na Internet. Nem acho, meu caro Frederico, que você seja o responsável por essa etimologia primária: você é mais um daqueles que lêem esse tipo de paspalhice e saem por aí alardeando-a, maravilhados pela descoberta cuja veracidade não se dão ao trabalho de verificar. Afinal, como você mesmo afirma, não perde tempo numa biblioteca fazendo pesquisas. O google está aí, para o bem e para o mal.
      Os dois textos que NÃO respaldam o não-sociável e ignorante Rafael provêm da mesma fonte: um site denominado Tiro de Letra, cuja seção de etimologia trata das curiosidades “Raras! Interessantes! Engraçadas… e até mesmo Duvidosas!” Já o texto que respalda esse indivíduo ignorante e não-sociável conta com a assistência de uma professora e com uma consulta ao Houaiss (finalmente, alguém deu-se ao trabalho de abrir um livro!).
      Frederico, você acredita no que quiser. Faço, no entanto, duas observações:
      Observação 1) a palavra coitado nunca foi palavrão. Não há nenhum texto antigo em que ela apareça com essa acepção. Era muito usada na poesia provençal, poesia escrita por nobres (caso do rei D. Dinis), poesia platônica e endereçada às damas. Camões a utiliza n’Os Lusíadas, com o mesmo sentido que vemos na atualidade:
      Ora imagina agora quão coitados
      Andaríamos todos, quão perdidos
      De fomes, de tormentas quebrantados,
      Por climas e por mares não sabidos,
      E do esperar comprido tão cansados
      Quanto a desesperar já compelidos,
      Por céus não naturais, de qualidade
      Inimiga de nossa humanidade!

      Observação 2) Caralho nunca foi um termo de marinha. Esses sites que se dedicam às etimologias duvidosas não citam um texto antigo (e há inúmeros!) em que o cesto da gávea é denominado pelo nome de caralho. O Houaiss considera o vocábulo de etimologia obscura e nem perde o tempo citando essa lenda urbana, que só existe na Internet.

    • Frederico 18/01/2010em16:06

      É verdade, Rafael. Na aparência, você não ofendeu ninguém diretamente. Você ofende de forma oblíqua e dissimulada, igual a Capitu, igual a muitas mulheres. Ofensa direta é coisa de homem.

    • Rafael 18/01/2010em16:12

      Frederico,
      Depois desta queda abissal de nível, vou perder meu tempo uma última vez com você. Coisa de mulherzinha (já que é você parece entender apenas a argumentação mais vulgar) é ofender-se com qualquer coisa. Pelo jeito, falta-lhe altivez.

    • cely 18/01/2010em17:11

      Hei Hei Hei! Seu Rafael e seu Frederico….Que negócio é este “coisa de mulher,coisa de mulherzinha…)de desconsiderar deste jeito o sexo oposto!Esta atitude de voces não é propria de homem e nem de mulher,não é atoa que se diz que “sábio não é o homem que sabe e sim o homem que sabe que não sabe”.

    • Frederico 18/01/2010em21:01

      Cely, eu não usei TODAS as mulheres; falei que MUITAS mulheres iguais a ele são oblíquas e dissimuladas.

  • José Benedicto 17/01/2010em01:10

    Esse é o universo da mente humana, onde uma coisa pode significar muitas outras e muitas podem significar nenhuma. Daí foi que Sócrates deduziu sua célebre frase: “Tudo que sei consiste em saber que nada sei”.

    • J.João 17/01/2010em12:54

      fico José benedito,com frase de Sócrates,tudo que sei consiste em saber que nada sei, o alho poró já exsistia a epoca de Nosso Senhor Jesus cristo, este alho poró já era apreciado pelos os judeus da época.

  • JH 17/01/2010em01:21

    Caro Sérgio, caso você ainda não tenha comentado, sugiro um post etimológico sobre ejaculação e, principalmente, o quanto há de comum com as chamadas “jaculatórias”, aquelas orações breves da igreja católica (são quase mantras, dada a repetição – as jaculatórias são intervenções pontuais, creio eu, em um elaborado ritual), e em que medida e por quais sutilezas elas tanto se assemelham, para além da etimologia (e não sem ela).

    Dica (como se você precisasse…): “jáculo” é o mesmo que “arremesso”, “lançamento”, “tiro”. Ejacular é um jato – todos sabemos. As jaculatórias são formas de jáculo, mas não exatamente um jato, pois o mais apropriado seria dizer “arremesso”. Mas por que “arremesso” (ou lançamento)? Eis porque a minha predileção por tão rico parentesco.

    • Sérgio Rodrigues 18/01/2010em11:24

      JH, você já fez o post etimológico, acrescentar o quê? Talvez apenas a definição do Houaiss para jaculatório: “que expressa ardor, fervor, em manifestação súbita”. Derramamento vigoroso de fé, pois é – ou coisa assim. Abs.

    • JH 19/01/2010em04:35

      De certo modo, Sérgio, de certo modo. Talvez eu tenha me empolgado e não soube quando parar. Mas, ainda assim, acho que merece um post seu, que sabe falar dessas coisas com enorme talento.

      Só quis sugerir mais um, dentre tantos que você tem produzido com “leveza e graça” (porque etimologia pode ser insuportavelmente chato, a depender de quem a trate).

  • Samuel 17/01/2010em09:07

    Creio que a citação do Millor foi colocada para eu fazer BREVE comentário. Nada interminavel.
    Pô S., e eu que gostava tanto de alho poró. Nunca mais vou olhar pra ela com antigos olhos inocentes. Ah, aqui em casa antes de servir a porra do alho, vou mandar lavar bem, pra mandar embora esse liquido leitoso. (eu, heim…)

  • julio cesar tremeschin 17/01/2010em09:22

    Muito bom o comentário. AS pessoas sempre alteram nomes e pronúncias tias como cateTER que ifca caTeter, e muitas outras. De qualqeur forma como aprecio muito o supra citado vegetal, vou pensar mais no asunto hoje saboreando um quiche feito com o dito cujo. Parabéns pelo artigo.

  • julio cesar tremeschin 17/01/2010em09:23

    Muito bom o comentário. As pessoas sempre alteram nomes e pronúncias tias como cateTER que fica caTeter, e muitas outras. De qualqeur forma como aprecio muito o supra citado vegetal, vou pensar mais no asunto hoje saboreando um quiche feito com o dito cujo. Parabéns pelo artigo.

  • leandro 17/01/2010em10:01

    é como sempre falo…porrete parece o alho…como palavrão me calo…mas o falo parece mesmo um talo!!!
    rsrsrs

  • TITO MARTINS 17/01/2010em10:11

    O que mais influenciou essa pronuncia nas grandes cidades brasileiras foi o fato de ,nas feiras livres, sempre gritava para enaltecer seus produtos: Freguesa leve este alho porro…..(e pegava mal) e o feirante ja mudava para o neologismo poro. Tito

  • Marcelo Louro Silvério 17/01/2010em11:50

    Caro Sérgio, etimologia é muito curiosa e aí vão diversas colunas para encher linguiça (com ou sem trema?) e ajudar milhares de concurseiros e pessoas (como eu) que, diariamente, precisam corrigir o português (a língua! não o quitandeiro).
    Sempre que procuro saber o significado de qualquer palavra, encontro uma história no mínimo interessante!
    Existem expressões também, como: “de qualidade” e “da Qualidade” que são sempre confundidos, o primeiro a ver com propaganda para vender e o segundo a ver com com padronização legal, atestação.
    Para os acentos então, será foram sutilmente criados para guiar o leitor no mapa do escritor, e no sentido em que os grunidos têm que ser produzidos? Qual a origem do: ” “, ” ´ “, ” ^ “, ” ~ “, ” ; “, ” : “, ” ? “, etc (deste também!).
    E o caso de Policlínica e Polyclínica? Foi a pouco extinta esta última forma, mas que muita diferença faz uma clínica (palavra complicada esta) “da cidade” para “de especialidades diversas”. Haja livro! Haja pesquisa! Não falta espaço na internet!
    Fico por aqui prá não encher mais.
    Mas, continuo sem saber xongas em Português, Latim, Inglês, etc.

  • paulo 17/01/2010em12:26

    Só queria saber quem ensinou as 26 letras aos índios, p/ termos palavras como kayowaá, tupy e por aí vai (ou seria way?).
    Outra: gostaria de LANSAR campanha p/ abolir a cedilha, pelo menos nos casos possíveis, já q até meu sobrenome num documento de registro em conselho regional profissional não é grafado corretamente.
    Será nossa subjugação à informática inglesa?
    Mas a ABNT gerou teclados com Ç e til.
    Pq os órgãos de classe ñ obedecem?
    Falo especificamente do CREA-RJ.
    O CPF tb era assim.
    Ñ sei sobre outros, mas acho o cúmulo do desrespeito com a LÍNGUA OFICIAL e o nosso nome.
    Qto á alegação de q ñ podemos abolir devido à origem do latim, lembro:
    ao “esquecerem” a cedilha, os órgãos oficiais tb ñ lembraram do latim, né?

    • pedro cujriango 17/01/2010em20:13

      “gostaria de LANSAR campanha p/ abolir a cedilha”
      ==========
      Eu aboliria também o “ponto-e-vírgula,” pois se trata de uma contradição viva. Como dizia o saudoso poeta belorizontino Fânor Albuquerque, autor de “Panpúlia di meus amoris,” numa prestimosa defesa de uma reforma ortográfica para o Brasil: “o ponto manda parar, a vírgula manda seguir…”

  • Mariana 17/01/2010em12:53

    “palavra-ônibus” foi você que inventou?

    • cely 17/01/2010em14:37

      Mariana,acredito que o Sérgio tenha dito palavra ônibus por ser uma palavra que carrega várias conotações com ela,mas eu sou brasileira, palavra ônibus , pode ser um palavrão também! Ah mas que foi ele que inventou foi….

    • Rafael 18/01/2010em12:16

      Palavra-ônibus é substantivo utilizado pela lingüística. De acordo com o Houaiss: “palavra, quase sempre de uso coloquial, cujas acepções são tantas que não comportam delimitação semântica formal (p.ex.: troço, legal, bacana)”.
      A paternidade não é do Sérgio.

    • Sérgio Rodrigues 18/01/2010em14:34

      Obrigado, Rafael. Eu já tinha esclarecido ali embaixo.

    • JH 18/01/2010em19:28

      Bus-word, em inglês. Mas não confundir com a aparentada buzzword.

  • Leo 17/01/2010em13:34

    Caramba…!!! Como diz Millor: “O livre pensar é só pensar”. E eu que pensava que”o livre falar era só falar”. hi hi hi…..

  • Mariana 17/01/2010em18:46

    Tudo bem.
    Cely, claro que palavra-ônibus é uma palavra que ‘carrega’ um monte de aplicações e significados e tal… Gostei foi dessa ‘sacada’… Só isso.

    • Sérgio Rodrigues 18/01/2010em11:16

      Não tem sacada, Mariana. Palavra-ônibus já existia. Um abraço.

  • pedro curiango 17/01/2010em20:32

    Às “ressonâncias” desagradáveis gostaria de acrescentar algo. Os brasileiros, em geral, gostam muito de estrangeirismos desnecessários e a linguagem da culinária está cheia deles: ”risole” (que já foi o português “rissol”), o “vongole,” etc. Por que não pensar num francesismo? O alho porro (ou “alho bravo”) chama-se em francês “porreau” (às vezes, também “poireau”). Soaria melhor, à hora da sopa, num jantar imperial, do que este “desagradável,” mais très délicieux, alho porro.

  • claudionaufrago 23/04/2013em11:46

    De um jeito ou de outro, pensar sore estes assuntos é “coisa” que gosto de fazer de vez em quando.
    Como diz lá em cima: “Escrever é tentar saber o que escreveríamos se escrevêssemos.”
    Muito legal.

  • CRIS 13/07/2013em23:46

    FALOU MUITO BEM E A PRONÚNCIA PORÓ OU PORRÓ? ATENTAR AO DETALHE DOS R NA LÍNGUA PORTUGUESA. ABÇS