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Enquanto isso, num vasto país obscurantista…

20/02/2007

Um livro infantil premiado, voltado para crianças de 9 a 12 anos, foi proibido em diversas escolas e bibliotecas americanas (notícia aqui, em inglês) porque contém a palavra “escroto”. Não o adjetivo brasileiro, mas o substantivo mesmo – trata-se de explicar o ponto exato da anatomia de um cachorro que uma cobra mordeu.

Aqui entre nós: a palavra “escroto” é bem escrota. Mas proibi-la é muito mais.

44 Comentários

  • Paulo 20/02/2007em13:48

    Sérgio, o livro foi vetado em algumas escolas. Quando li a sua nota pensei que havia sido um grande movimento, uma verdadeira fogueira de livros.

    A verdade é que as escolas aqui são governadas não por uma entidade superior, como é no Brasil. O governo dá dinheiro, mas quem administra as escolas neste tipo de questão são os pais.

    E em algumas comunidades puritanas livros que contém certas palavras não são admitidas. Há algum tempo, algumas (ou diversas…) escolas americanas quiseram banir das bibliotecas os livros de Harry Potter, porque eles estariam incentivando a magia. Que tal?

    Mas ainda acho que é melhor um país que tem bibliotecas nas escolas. Com livros banidos ou não.

    (Ou talvez seja só o frio desgraçado fritando os meus miolos…)

    Abraço,

  • Cezar Santos 20/02/2007em13:51

    Sérgio,
    É a praga do politicamente correto, que a partir dos EUA se alastra qual fogo em mato seco pelo mundo… como o meio acadêmico brasileiro copia tudo que vem da terra de tio sam, estamos ferrados. Não se pode mais chamar de “negro” a uma pessoa de pele negra, que estaria se incorrendo em ofensa… não se pode chamar “escroto” a uma parte anatômica que se chama escroto…onde vamos parar com isso?
    Esse politicamente correto é que é a verdadeira escrotidão…

  • Jonas 20/02/2007em14:28

    É, o Francis adorava repetir que hoje em dia ninguém mais lê Mark Twain – sobretudo o Huck Finn – por causa do adjetivo “negro”.

    Estou com o Paulo: só pelas bibliotecas, eles já merecem muito do nosso respeito.

  • Pedro Curiango 20/02/2007em15:50

    Ótimo comentário, Paulo.
    Deus me livre de defender censura! Aliás, o caso aqui não é censura mas apenas uma decisão sobre que livros devem fazer parte de salas de aula e bibliotecas especializadas para crianças. Deve-se notar também que não é meramente a palavra “escroto”, usada apenas como termo científico no livro, mas sim várias referências que nada têem a ver com ciência, mas sim com sensualidade :”Escroto, para Lucky [a menina personagem da história] era como algo verde que aparece quando você tem gripe e tosse muito. Tinha um som de coisa médica e secreta, mas importante.” Noutro local, a autora diz que a palavra é “deliciosa”.

  • Caruso 20/02/2007em16:28

    Por lá alguns livros podem ser banidos das bibliotecas escolares, mas pelo menos existe uma política forte de investimento para bibliotecas públicas e escolares. Dá para perceber uma forte representação existente entre a leitura e a autonomia intelectual – por isso alguns livros são banidos em certas comunidades. Mas em nosso país não são os livros que são banidos, mas as próprias bibliotecas escolares.

  • Felipe 20/02/2007em18:00

    Caraca… isso parece até uma nota do blog do Ryff…

  • Fabio Negro 20/02/2007em19:28

    Que saco!

  • Zé Bush 20/02/2007em20:13

    well….algumas escolas e instituições americanas baniram qualquer referencia ou comentário a Moby Dick, um clássico de Herman Melville.O motivo:relata cenas de caça e morte de baleias, coisa horrorosa para os olhos e ouvidos politicamente travados.
    Mas não se trata de censura.Se a escola não quer ter determinados livros (por escolha dos senhores pais), nada impede que esse mesmo livro possa ser comprado na livraria da esquina, sem qualquer problema.
    Ao contrário daqui, lá todo mundo é livre para ler e pensar o que quiser….

  • Zé Bush 20/02/2007em20:15

    well..complementando o Caruso…aqui, até idéias são banidas,imagine bibliotecas….

  • Éd Lascar 20/02/2007em21:43

    Condeno o banimento e condeno “num vasto país obcurantista” do Sérgio! Se algumas escolas não permitem o livro, outras tantas nao o fazem. Aonde o obscurantismo disseminado?! Trata-se de um acordo tácito dos pais com idéias que podem até ser ruim -não conheço o livro, de repente é uma droga mesmo!- mas se eles não corcondam podem apelar e ,em último caso, retirar o filho de tão escrota escola.

    Abs.

  • Sírio Possenti 20/02/2007em22:08

    Cezar:

    O PC é bem complicado. Mas acho que vc não entendeu do que se trata. Não tem nada a ver com puritanismo.

  • florisbela 20/02/2007em22:10

    O,tristeza…….
    deveriam e banir o Bush.

  • Clara 20/02/2007em23:59

    Por que é que escroto(em qualquer sentido) é uma palavra feia?
    Não acho, não. Pensando bem, acho que não acho nenhuma palavra feia. Será?

  • florisbela 21/02/2007em00:32

    coisa de gente esquisita,ter medo de olhar ou ouvir nomes, que indicam partes do corpo ou orgaos.Feio eo que esta na mente individual.

  • Clarice 21/02/2007em05:34

    Clara,
    Não é o “sentido” da palavra que é feio. É a palavra em si. Eu concordo que é uma palavra feia como também acho “melífluo” uma palavra horrenda.
    Sabe aquela pergunta: “Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa?” é por aí. Não necessáriamente se responde “orquídea”. “Hemengarda” é um nome de amargar.
    Lembra de quando criança ficar repetindo uma palavra até perder o significado?

  • Noga Lubicz Sklar 21/02/2007em09:45

    Entende-se o impulso para orientar e defender as crianças nessa selva interconectada que é o mundo… Mas não é enxugando gelo que vamos conseguir isso. O que não dá pra admitir são os bolsões de infantilidade que persistem entre os adultos, pior ainda quando são estes que fazem as regras. A propósito, trecho do meu romance Hierosgamos, disponivel para download em http://www.noga.notlong.com (o personagem masculino reproduz o pensamento do meu marido americano, doutor em literatura inglesa):
    “- agora me diz, Alan: cunt é uma palavra suja? vagina sendo tão solenemente feio…
    – não… na literatura erótica, a palavra cunt não tem substituto, todas as demais opções por demais cafonas… quer dizer, literalmente, o sulco do arado, uma palavra saxã… a imagem de cunt e cock, (cona e pau) é certamente shakesperiana… você queria saber se era “ruim”… é apenas uma palavra, o sentido é atribuído por quem a ouve.”

  • izaq bast 21/02/2007em09:58

    teste

  • izaq bast 21/02/2007em09:59

    isso é nonsense cara.
    ou deveria ser circense?
    esses americanos que ensinaram toda uma geraçao a falar ”droga” agora tem esse ataque de direitos, é cada uma , eu em?

  • Raquel 21/02/2007em11:26

    Sérgio,
    como escreveu o Paulo, do primeiro comentário, “o livro foi vetado em algumas escolas” e não em todas.
    Na minha opinião, se esse vasto país fosse obscurantista, como o título do seu artigo afirma, não haveria discussão
    “[…] and the controversy has unleashed a flurry of debate on scholastic and literary websites.”

  • Rafael 21/02/2007em12:41

    Jactamo-nos de termos, com a Constituição de 1988, abolido a censura. Que sentimento incomensurável de regozijo nos toma ao apanharmos o grande campeão das liberdades civis, os Estados Unidos, no flagrante delito da censura. Lendo sua nota, a impressão que tive é que um livro infantil e, ainda por cima, “premiado” fora incluído pelo malvado governo de George Bush numa espécie de “index livrorum prohibitorum”, sinal clarividente de que o Puritanismo religioso constituinte da cultura americana, num acesso de atavismo irrefreável, impôs-se sobre a liberdade de opinião. Fui ver o link do The Guardian e descubro, para minha tristeza de patriota frustrado, que algumas escolas não adotaram o livro por decisão dos pais cujos filhos estudam nelas…

    Sim, jactamo-nos de termos abolido a censura. E não percebemos o quão autoritária é a centralização da escolha dos livros didáticos nos sapientíssimos burocratas do Ministério da Cultura e Educação, os donos da riquíssima burra que empanturra a indústria livreira. Os livros didáticos, comprados aos milhares pelo MEC, são o filé mignon das editoras, muitas delas dependentes dos cofres estatais. As famílias cujos filhos estudam em escolas públicas não exercem nenhuma ingerência sobre o processo de seleção dos livros didáticos, cujo conteúdo é apresentado às crianças como expressando a “communis opinio doctorum”, a verdade absoluta, irrevogável e irretratável que todos devem professar. Outro dia, na Folha de S. Paulo (edição de 07.02.07), uma burocrata chamada Mariângela Simões, questionada sobre a reação dos pais a cartilha de educação sexual que será distribuída a estudantes de 13 a 19 anos, explicou didaticamente que “o foco é o jovem, não a eventual censura que possa vir de um pai”, ou seja: o Governo sabe mais que qualquer indivíduo, logo cabe ao Governo impor aos pais, esses incapazes, as diretrizes pedagógicas que orientarão a educação dos infantes. A prova empírica que demonstra de forma incontornável a verdade desse axioma quase que matemático está nos lastimosos resultados do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), que revelaram que a qualidade do ensino piorou nos últimos dez anos.

    Alvíssaras: nós, felizmente, não moramos num país obscurantista.

  • Sérgio Rodrigues 21/02/2007em12:49

    Um pouco desconcertado com a falta de humor com que meu título foi recebido (sim, claro que o vasto país é apenas metade obscurantista, a outra metade é um farol de liberdade, vá entender), gostaria apenas de esclarecer que minha nota deixa claro o caráter parcial da proibição, ao falar em “diversas escolas e bibliotecas”. Se alguém leu aí uma censura governamental, a culpa não é minha.

  • Renato 21/02/2007em13:11

    Todas as vezes em que vejo aonde chegam os politicamente corretos, com seu vocabulário todo controlado, penso como hoje em dia nossos terreiros vêem a incorporação dos “afrobrasileiros da melhor idade”.

  • Pedro Curiango 21/02/2007em13:38

    Enquanto isto, num vasto país iluminado –
    COM PANO VERMELHO –
    OLINDA – Com os seios à mostra, a “Despeitada” abriu o desfile do 20º Encontro de Bonecos Gigantes ontem, em Olinda, como um marco de mudanças no evento. A ousadia do bonequeiro Silvio Botelho gerou polêmica ainda na concentração, no pátio da Igreja do Guadalupe, antes de cem bonecos gigantes ganharem as ruas do sítio histórico da cidade. Em 20 anos do encontro, é a primeira vez que um boneco tira a roupa.
    “É uma apelação, quebra o espírito do desfile dos bonecos, o carnaval de Olinda não é de nudismo, é fincado na cultura popular”, reclamou a corretora Flaviana Rondon, acompanhada de dois filhos pequenos, que foram ver os bonecos se preparando para o desfile. “A maioria das crianças gosta dos bonecos, querem de ver de perto, é constrangedor”.
    [?]A nudez da boneca atraiu muita gente que queria pegar nos seus seios e tirar fotos. Para evitar danos e confusão, os seios foram cobertos com um pano vermelho. [Tribuna da Imprensa 21 fev 07]

  • Tibor Moricz 21/02/2007em14:26

    Com os seios de fora está a nossa representativa classe política. Desavergonhados, não se intimidam nem se constrangem em solapar a cultura em nosso país (em não me refiro a essa azáfama multicolorida que irrompe pelas avenidas e sambódromos sazonalmente). Com os peitos de fora se prostituem procurando avidamente por vantagens pessoais. Livros? Bibliotecas? Incentivos culturais? Professores intelectualmente preparados? Que nada. Quisera ouvir que pais proibiram a entrada de um ou outro livro na escola por causa de uma palavrinha boba qualquer, e, por outro lado, um país inteiro feito de leitores criteriosos rindo de tal bobagem. Recortem pedaços de pano vermelho e remetam para Brasília. Quem sabe eles lá se recompõe e passam a cobrir os seios.

  • Raquel 21/02/2007em14:36

    Sérgio
    Sei que você escreveu “foi proibido em diversas escolas e bibliotecas americanas”. Entendi.
    Acho que eu não soube explicar.
    Discordei do título do artigo. Ele, o título, me passou a idéia de que todo, ou quase todo, ou uma maioria avassaladora do país em questão é obscurantista.
    Apenas discordei do título. Minha discordância te parece mau humor?

  • Paulo 21/02/2007em14:43

    Putz, humor? Agora reli a nota e até ri. Só peço que você compreenda: com tanto anti-americanismo por aí, fica difícil distinguir o que é ironia e o que é ressentimento. Eu me sinto meio perdido no meio disso. Você não?

    Desculpe.

    Por sinal, ontem no metrô pensei que talvez você se interessasse pela palavra nigger. Há um projeto no congresso americano para banir a palavra. Neste caso, o movimento é de cima para baixo mesmo. Talvez você pudesse esclarecer, no A Palavra É… o peso que nigger tem por aqui. Algo que não vejo no português, embora muitas associações de raça repudiem o preto.

    abraço,

  • Mr. Ghost(WRITER) 21/02/2007em14:44

    Ah, os americanos são tão puros…
    Esses outros povos é que ficam contaminando a raça mais provável de substituir os arianos…
    Como o Izaq falou lá em cima, isso é circense…

  • Clara 21/02/2007em16:51

    Clarice, entendi perfeitamente que é a palavra em si, apenas discordei. Atualmente acho que toda e qualquer palavra é bonita, no mínimo interessante, porque em algum momento, por algum motivo, ela pode ser perfeita para comunicar algo, e como o patinho feio, se tornar o cisne mais lindo.
    Já nomes próprios são outra história porque são arrastados pelo resto da vida.

    ps- “melífluo” é uma palavra muito interessante.

  • Sérgio Rodrigues 21/02/2007em17:32

    Raquel, Paulo e outros: devo me penitenciar se o bom humor do título não foi bem compreendido. A culpa é toda minha, claro. Achei que estaria livre da suspeita de anti-americanismo, pelo conjunto da obra. A culpa que não posso aceitar é a de ter induzido uma leitura de “censura governamental”. Abraços.

  • Paulo 21/02/2007em17:50

    Shit happens all the time. Mas você tem razão: o conjunto da obra deveria ter sido levado em conta. Será que era ressaca minha de carnaval abaixo de zero? Mais uma vez, desculpe.

  • Pedro Curiango 21/02/2007em18:11

    Se alguém ainda se interessar: o New York Times de hoje publica um pequeno editorial sobre o assunto:
    http://www.nytimes.com/2007/02/21/opinion/21wed4.html?th&emc=th

  • Rafael 21/02/2007em18:38

    Confesso que, numa leitura açodada, enxerguei na nota uma ironia dirigida ao neo-conservadorismo dominante após a ascensão de Bush filho à presidência. Pareceu-me um despropósito criticar o escrutínio que os pais exercem sobre a leitura dos filhos, um procedimento que tenho por menos “obscurantista” que o centralismo que o Governo Federal pratica na seleção de livros didáticos. Relendo a nota, vejo que fui injusto, extremamente injusto quando escrevi que “a impressão que tive é que um livro infantil e, ainda por cima, ‘premiado’ fora incluído pelo malvado governo de George Bush numa espécie de ‘index livrorum prohibitorum’, sinal clarividente de que o Puritanismo religioso constituinte da cultura americana, num acesso de atavismo irrefreável, impôs-se sobre a liberdade de opinião”. Reconhecendo o erro, não me resta senão inclinar a cabeça num gesto que simboliza a humildade de quem pede escusas pelo julgamento apressado.

    Após ler o interessante editorial do New York Times, lembrei-me do capítulo “O menino mais novo” de “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. O caçula da família de retirantes ouve a mãe imprecar “inferno” e fica maravilhado com a sonoridade da palavra, que parece indicar alguma coisa boa. Ao ser indagada sobre o significado da palavra, Sinhá Vitória repreende o menino, castiga-o, porque via no interesse do garoto uma espécie de heresia. A reação dos pais à palavra escroto não lembra um pouco o primitivismo de Sinhá Vitória?

  • Rafael 21/02/2007em18:50

    Ops… Errei o nome do capítulo de “Vidas Secas”. O correto é “O Menino mais Velho”.

  • Clarice 21/02/2007em19:08

    Clara,
    Desculpe se não entendi que você tinha entendido. Aliás este post está primando pela incompreensão.
    Infelizmente eu acho “melífluo” um horror:o)
    Discordamos nesta. Já acho um desperdício que “melanoma”, com toda esta bela arquitetura signifique o que significa. Melanoma, melanoma…
    “melífluo” parece que está se demilinguindo todo, coitadinha. E ainda lembra líquidos, fluídos, me lembra laboratório químico, tubos de ensaios com borbulhantes fluídos coloridos e um cientista louco com olhos esbugalhados e sorriso maligno e eu juro que não tomei um LSD.
    Isto á para mim. Para outros “me-la-no-ma” deve parecer terrível. Ainda mais se tiver um familiar que teve ou o próprio e ouviu da boca de um médico a sentença.
    Talvez seja mais fácil avaliar em outras línguas.
    Vamos combinar que “handkerchief”, antes de se saber o sentido, parece um troço de sentido pesado?
    Quando era criança achava que “paura” devia ser um troço maravilhoso. Passei anos achando isto.
    Nome de uma flor? Sinto saudade? por aí era o que achava.
    Não tem nenhum juízo de valor nas minhas tendências vocabulares.
    Adoro Kilimanjaro, iroquês, czarina… acho que vou dar estes nomes aos meus próximos cachorros
    -Kilimanjaaaaro, já para fora!
    -Cala a boca Czarina!
    -Iroquês? Iroquês? Já para dentro.
    Acho que estamos entendidas, né?
    Espero.
    Bem, acho que todos se entenderam. O Sérgio expressou seu desconcerto e todos entenderam.
    É um problema o humor de vez em quando.

  • Clarice 21/02/2007em19:09

    Ai! Desculpem.
    Viajei na maionese e não reparei que escrevi um monte.

  • Clarice 21/02/2007em19:15

    Ah Rafael,
    Os americanos já estão de saco cheio do Bush. A era Bush vai ficar conhecida como a era dos despautérios de política externa. Sabe o certo o mediano ou até o medíocre?
    O Bush fez tudo ao contrário e abaixo da média.
    Desculpem quem é a favor. É o que eu penso.

  • Marcus 21/02/2007em21:15

    “Anti-americanismo” é o argumento-ônibus ao qual os bushistas americanófilos sempre recorrem quando alguém mostra que seu país do coração não é o País das Maravilhas…

  • Éd Lascar 21/02/2007em21:46

    My fault! Eu não percebi a ironia e sei que o Sérgio, já em outras declarações e pela própria apresentação do Todoprosa não é anti-americano!
    Voltando ao assunto das escolas, nem dá para o Bush meter sua colher na coisa pois é um assunto dos estados. Lá a tal da Federação é uma coisa que funciona e não está só no papel! Cada estado tem suas regras independentemente. As escolas seguem e são ativamente controladas pela comunidade por sua vez. Se ela é conservadora, vai se traduzir nas escolhas didáticas e de livros. Naturalmente.

    Abs.

  • Saint-Clair Stockler 21/02/2007em22:07

    Um dia eu imaginei (mas não escrevi) uma história infantil chamada “Papai Urso & Papai Urso”, em que havia dois personagens principais: O Urso Negro e o Urso Marrom, que eram, digamos, “mais do que amigos”. A história seria narrada pelo Filhote Urso dos Papais Ursos. Será que seria proibida em algumas escolas americanas?

  • marcusmartins 22/02/2007em00:14

    Bom, Saint-Clair Stockler, se lhe consola, recentemente li sobre outro livro que causou protesto, não sei se chegou a ser banido, por que contava a história, para crianças, de dois animais do mesmo sexo que criam um bichinho órfão – vislubraram aí o elogio da família ancorada por homossexuais e já viu né…

  • Antônio Augusto 22/02/2007em13:32

    Que coisa escrota o obscurantismo, a censura.

  • Tibor Moricz 22/02/2007em13:55

    A proibição teve como objetivo exemplificar o uso do termo “escroto”. Ou seja: escroto aquele que proibiu. Escrotos aqueles que proibiram. Escrotos aqueles que aceitaram a proibição. Escrota a sociedade que se baseia em falso moralismo.

  • Clara 22/02/2007em16:09

    Sim, Clarice, concordo que a bela arquitetura de melanoma tenha quase sempre o terrível siginificado de uma condenação à morte. Mas creio que essa palavra carregada de aflição, desamparo e fim, poderá ser mais apreciada quando o melanoma for completamente curável. Enquanto isso, melanoma pode cair como uma luva para o escritor de ficção, ou para quem tem aquele hábito tenebroso de rogar pragas.

    Quanto à “handkerchief”, se eu não soubesse o seu significado, diria que tem “cara” de algum molho ingês de altíssima qualidade para aves.

  • João Daltro 22/02/2007em20:29

    Não entendi bem se a bela Clarice considera bela a palavra orquídea, embora tenha deixado claro que escroto lhe soa mal. Curiosamente, a orquídea original situava-se exatamente no escroto. São as voltas que o mundo dá.
    Quanto aos EUA serem obscurantistas, são mesmo, lá reinam absolutas duas deusas: a hipocrisia e a ganância. Se quiserem me rotular de anti-estadunidense, acertarão, sou mesmo, pois nenhuma outra nação praticou tanto o mal contra as demais como aquelas antigas 13 colônias que usurparam o nome do continente.