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Tweetuivo

19/07/2010

Eu vi as melhores cabeças da minha geração destruídas pela concisão, pela conectividade excessiva, emocionalmente famintas de atenção, arrastando-se por comunidades virtuais às três da manhã em meio a pizza velha e sonhos negligenciados, à procura de um raivoso sentido, qualquer sentido, antenados que usam o mesmo boné ansiando pela aprovação conjunta e cética do dínamo holográfico projetado na tecnologia da era, que feridos e atordoados por conexões ruins e recessão ficaram acordados até tarde microconversando na escuridão sobrenatural de cafés com wi-fi liberado…

E por aí vai. O texto inteiro (em inglês) está aqui. Essa paródia do poema “Uivo”, obra-prima de Allen Ginsberg, é assinada por Oyl Miller e leva o título de “Tweet”. Saiu na revista eletrônica McSweeney.

Achei o texto brilhante, ao mesmo tempo engraçado e lúgubre. Qualquer um que já tenha visto as horas – e horas e horas – escorrerem entre os dedos no Twitter entenderá o que Miller quer dizer.

3 Comentários

  • Dr Renato Sabbatini 19/07/2010em11:58

    A maioria das pessoas que se viciam em Twitter e outras redes sociais (conheço gente que participa em mais de 10) só está perdendo tempo com futilidades. Dificilmente esses contatos sociais resultam em alguma coisa, como uma oferta de trabalho, ou uma amizade verdadeira.
    Saiam da toca, gastem seu tempo de forma mais produtiva, aprendendo e trabalhando. E lazer de verdade é ao vivo, com seus amigos e parentes.

  • Bruno Thomazelli 19/07/2010em12:24

    Pois é. Penso que o twitter, assim como outras redes sociais são máquinas que agilizam a passagem do tempo, de forma descontrolada.

  • claudio martins 19/07/2010em13:31

    deus me livre do twitter .
    faço como nançy reagan ensinou com as drogas :
    just say no !
    abrs