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Twitteratura

26/06/2009

Tenho 140 caracteres para lhes provar que minha mulher me traiu sordidamente com meu melhor amigo, depois passo à “História dos Subúrbios”.

Dois calouros da Universidade de Chicago venderam para a Penguin a idéia de um livro chamado “Twitterature”, que vai recontar alguns dos maiores clássicos da literatura mundial “em vinte tweets ou menos”. Rapazes prolixos: por que não em um?

Virei chefe de homens, Deus esteja. Sou pactário? Mas Diadorim depois que morreu era mulher, mire e veja, viver é muito perigoso. Travessia.

28 Comentários

  • Carlos Eduardo 26/06/2009em11:10

    Nunca li “Grandes Sertões: Veredas”, mas acredito que a “essência” do livro está dada aí.

    Machado de Assis e Graciliano Ramos não teriam a menor dificuldade com esse negócio de Twitter.

    Karl Kraus também não.

  • Tibor Moricz 26/06/2009em11:55

    Twitter… o que é isso?

  • mya 26/06/2009em12:20

    nossa.. que absurdo.. A sérgio.. eu acho essa iniciativa um lixo.

  • Fernando Torres 26/06/2009em12:25

    Engraçado. Mas será quase como um livro de hai-kais.

  • Carlos 26/06/2009em12:25

    Carlos Eduardo, com o devido respeito, “Grandes sertões” é o cacete! Se não leu o livro, pelo menos não deforme o título, nem o misture com Os sertões, do Euclides da Cunha, que é outra obra-prima. Aliás, por que não lê um pouco? É um grande prazer e não tem efeitos colaterais. Carlos

  • Rafael 26/06/2009em12:34

    Twitter? Coisa chata e desinteressante! Espero não ter transposto o limite de caracteres. Vale

  • uma curiosa 26/06/2009em12:37

    Meninos prolixos e pouco criativos…
    Ressucitaram a story line do cinema…
    Qualquer história pode ter seu ethos contado em muito menos que 140 caracteres…. daí a virar literatura….
    Enfim, é um bom exercício pra testar a capacidade de concisão

  • Rodrigo 26/06/2009em13:09

    Rolou uma tensão aí, entre os Carlos?
    Ou tesão, sei lá. Literatura desperta paixões.

  • Leo 26/06/2009em13:15

    Podiam fazer isso com o Kama Sutra só pra ver no que ia dar.

  • Thiago Maia 26/06/2009em13:50

    Deve valer para contos. Se sim:

    Aleph.

    Ou ainda:

    ?.

  • Fernando Torres 26/06/2009em13:59

    Memórias Póstumas de B. Cubás:
    “Morri. Conto uma história que não precisa ser contada”

  • C. S. Soares 26/06/2009em14:16

    O projeto (apesar da esterilidade do tema) até poderia trazer uma boa contribuição à questão das redes sociais como novo meio para a publicação de narrativas. Parece, entretanto, não ser essa a intenção dos autores, já que há uma intensa preocupação em justificá-lo como “A HUMOROUS retelling of works of great literature in Twitter format”.

    Aos (seriamente) interessados no tema, sugiro a sempre prazerosa leitura de ‘A preparação do romance’, volume I, de Roland Barthes, em especial, sua exposição sobre o conceito de ‘notatio’ (muito semelhante ao que em redes sociais como o Twitter chamaremos de status updates).

    Nada disso, contudo, me parece muito importante. O que realmente deveria ser observado é a desmaterialização do conceito da obra como sistema fechado.

    Hoje, o site Cronópios reproduz um artigo que publiquei há poucas semanas no iMasters/UOL sobre ‘Cloud Publishing’. O termo é novo, mas a ideia nem tanto, inspira-se no conceito de Cloud Computing.

    É preciso que compreendamos que uma narrativa na internet, meio digital baseado em software, se transformará, casa vez mais, naturalmente, em software (não por acaso, livros no iTunes são vendidos como aplicações).

  • CARLOS 26/06/2009em15:01

    A É…………….. SIM ,SIM NÃO ENTENDI NADA !

  • chato 26/06/2009em15:18

    “Minha vida é uma merda, me sinto uma barata, porque todos me vêem como uma” . Imagino que isso seja “A Metamorfose” para esse pessoal maníaco por bobagens digitais.

  • Renata L 26/06/2009em16:19

    só pra saber: alguém aí entende ironia?

  • Daniel 26/06/2009em16:22

    Roubou a moça, levou a moça. O corno fez a guerra e com um cavalo de pau venceu. Matou a todos e trouxe a moça. O do calcanhar dançou.

    Até a Ilíada cabe nisso

  • Pedro David 26/06/2009em16:37

    Perturbado e melancólico, matou a velha. Não conseguindo suportar a culpa,se entregou. O amor pela prostituta Sônia o redimiu.

  • Carlos Eduardo 26/06/2009em16:48

    Errata.

    O título que Guimarães Rosa deu a sua obra-prima é Grande Sertão: Veredas e, não, “Grandes Sertões: Veredas” como escrevi no primeiro comentário. Lamento o equívoco.

    Carlos, obrigado pela correção e pela sugestão, mas há prazeres que estão acima da nossa capacidade de apreciação.

    Abraço.

  • Luiz S. 26/06/2009em17:09

    Minha contribuição:
    “E ele disse: amai-vos uns aos outros. Mas seus implacáveis inimigos o crucificaram.”

    O Evangelho segundo Twitter.

    Abs
    Luiz

  • kylderi 26/06/2009em17:31

    O primeiro twitter é Dom Casmurro, lá no Sérgio R.

  • Anderson de Souza 26/06/2009em18:47

    Seria Dalton Trevisan o melhor twitteiro do mundo?

  • Tibor Moricz 26/06/2009em20:14

    Twitter… twitter… twitter… twitter… Onde raios eu ouvi isso antes?

  • Rodolfo 26/06/2009em20:41

    Ideia válida. Não acho ruim, nem desinteressante. Mas como o pessoal mostrou nos comentários, meio arriscado.

    O resumo do Grande Sertão me lembrou um professor universitário que dizia mais ou menos o seguinte: o livro de Guimarães Rosa conta a história de dois jagunços homossexuais que, ao final da história, descobrem que um deles era mulher.

    No mais, talvez o ponto final da twittada do Sérgio tenha sobrado.

  • C. S. Soares 26/06/2009em22:10

    Fernando Torres resumiu bem o espírito do Twitter: hai kai.

    Anderson: Trevisan tavez, Graciliano Ramos, sem dúvida: “É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço.”

    Segue minha sugestão para um “GS:V segundo o Twitter” (pois JGR era um matemático): nonada ? travessia ? ?

  • Sônia 27/06/2009em17:12

    #forasarney. Esta eu comi. Aquela eu não comi.
    Esta eu comi. Aquela eu não comi.
    Esta eu não comi. Aquela eu comi.

    O Vampiro de Curitiba para twitter

  • Lori 27/06/2009em17:30

    Sempre achei Diadorim/mulher um final muito hollywood pra Guimarães Rosa. Merecia uma releitura por algum intelectual uspiano. Talvez uma tese de doutorado: Veredas: uma nova abordagem sob a ótica brobeckiana.

  • Mr. WRITER 28/06/2009em02:00

    Um dia Gregor Samsa acordou de sonhos tumultuosos, viveu alguns dias como hexapode e morreu solitário em seu quarto.

    Pronto, recontei a Metamorfose… e não, não me orgulho disso…

    É incrível como a globalização da mediocridade está cada dia mais na moda…

  • Dorothy 28/06/2009em20:22

    Twitter é minha bunda!!