Crash, evidentemente, não tem a ver com um desastre imaginário, embora iminente, mas com um cataclismo pandêmico que a cada ano mata centenas de milhares de pessoas e fere milhões. Será que enxergamos, no desastre de carro, um sinistro presságio de um casamento de pesadelo entre o sexo e a tecnologia? A moderna tecnologia nos proporcionará meios até hoje não sonhados de dar vazão a nossas próprias psicopatias? (…)
Ao longo de Crash, usei o carro não apenas como uma imagem sexual, mas como uma metáfora total da vida do homem na sociedade de hoje. Assim, o romance tem um papel político bem separado de seu conteúdo sexual, mas eu ainda gostaria de pensar que Crash é o primeiro romance pornográfico baseado na tecnologia.
Quando peguei ontem o romance “Crash”, lançado em 1973 pelo inglês J.G. Ballard (Companhia das Letras, tradução de José Geraldo Couto, 240 páginas, R$ 42), com a tranqüila disposição de lê-lo, o livro tinha muito a seu favor: o rasgo de imaginação perverso e possivelmente brilhante de retratar desastres automobilísticos como experiências cheias de tesão, reputação cult, adaptação para o cinema (chatíssima, mas…) assinada David Cronenberg e o diabo. Sobretudo o diabo. Infelizmente tinha também, logo na introdução, um constrangedor texto de 1995 em que o autor explica o livro, as intenções do livro, a simbologia do livro, tudo o que ele quis dizer com o livro. Puxa, é mesmo? E por que não passou um telegrama?
Não quero dizer com isso que escritores não possam refletir sobre seus escritos. Devem. Fiquei pensando em Edgar Allan Poe contando passo a passo como escreveu “O corvo” no brilhante e imperdível ensaio “A filosofia da composição”. Em Italo Calvino e suas “Seis propostas para o próximo milênio”, conferências que contêm pelo menos cinco chaves de sua obra (ficou faltando uma). Em Umberto Eco e o “Pós-escrito a O nome da rosa”. Processos, bastidores, moldura de referências, tudo pode ser esmiuçado. Mas explicar a “mensagem” de uma obra, pondo legendas for dummies em seus efeitos, é uma vergonha.
Pois é. Como eu também tenho direito à minha cota de preconceitos e rabugices gratuitas – alguém aí achou que detinha o monopólio, hein? –, cultivo o hábito de perder o respeito por ficcionistas que viram babás de seus livros, em vez de agüentar com dignidade enquanto o mundo se dedica às leituras que quiser e puder, por mais estapafúrdias que elas sejam. E depois fica pior: bom moço, Ballard acha necessário se distanciar do universo doentio de seus personagens, avisando que o “papel” do romance é “preventivo, um alerta”.
Quando terminei de ler a introdução, tudo o que restava do livro era um monte de ferragens retorcidas. “Crash” nunca mais.
46 Comentários
Eu gosto desse livro e gosto do J.G. Ballard de modo geral exceto Atrocity Exhibition. O prefácio terá sido feito a pedido, o Ballard é uma figura constante na imprensa, concede muitas entrevistas etc e o Crash é o livro mais conhecido dele, o prefácio talvez seja para apascentar o leitor médio antes que ele comece a ler o livro, que trata de uma psicopatia sexual das mais insólitas.
Esse livro tem tb a inovação de falar da atração sexual pelo corpo avariado, pela cicatriz, a invalidez etc, e da cultura de atração pela celebridade martirizada– tipo os acidentes fatais de Jayne Mansfield e James Dean.
Engraçado Ségio, pela descrição no site da Cultura eu sempre achei o argumento do seu livro As Sementes de Flowerville parecido com o enredo de livros do Ballard tipo High Rise e principalmente Supper-Cannes. Você conhece esses dois livros?
Bemveja: sei do que se trata mas não, nunca li o sujeito. Aquela que seria a primeira vez não rolou. Nem rolará mais, desconfio. Se você quiser encontrar uma referência para Flowerville, recomendo procurar antes em graphic novels. Ou, melhor ainda, na Barra da Tijuca.
Eu achei “Super-Cannes” legal (e concordo com o Bemveja, o clima do livro lembra o “Flowerville”) mas, justamente, um pouco obcecado demais com sua própria simbologia. A toda hora o texto parecia dizer “isso na verdade quer dizer aquilo, e isso quer dizer aquilo outro”. Pelo visto o Ballard faz questão que o leitor sempre capte a mensagem.
A Cia.das Letras não verá (julgando por este lancamento) tão cedo a minha Pequena Cia. das Notas
Realmente, a Barra, com suas gated communities, agressões sexuais e drogas químicas tb tem muito a ver com a atmosfera do Ballard. Aliás, Super-Cannes é uma área real nos arredores de Cannes com esse perfil de dinheiro novo e de origem obscura.
bobagem, serginho.
leia o livro. vai te ajudar com o blog.
Gosto dos prefácios que o Henry James fez para os seus romances. Com conteúdo, mas sem querer se sobrepor ao texto.
O Ballard poderia ter feito um posfácio, assim teríamos mais chance de saber a sua opinião, Sérgio, sobre o livro.
E agora, vai doar o livro para alguma oficina mecânica?
A clínica de traumato-ortopedia aqui da esquina pediu primeiro, Marco.
Já eu gostei do filme (sou suspeito: já vi praticamente tudo que o Cronenberg fez).
Mas concordo: obra com mensagem e piada (ou livro) com legenda são insuportáveis. A combinação das duas me parece caso de cadeia.
Sergio,
Tá bem humorado hoje, heim?!!! hehehehe
Ballard é maneirista até dizer chega, no pior sentido da palavra… aquele tipo de escritor que tenta potencializar sua mensagem pelo choque, pelo grotesco. Não deve ser à toa que seu livro deu origem ao pior filme do Cronenneberg, um diretor também adepto do choque.
Caro Sergio, que post ótimo, bem escrito à beça, bem-humorado, ferino na medida (‘Puxa, é mesmo? E por que não passou um telegrama?’) e crítica literária de primeira. Quem vai ler Crash depois disso?:)
Um abraço,
Claro
Fico feliz que tenha gostado, Clara, mas crítica literária não é, pois não li o livro. Estou pensando em criar uma série: por que desisti de ler… Tem acontecido com certa freqüência. Um abraço.
Claro que é crítica literária, Sérgio, e boa: em poucas palavras você diz por que o livro não merece o leitor que você é, e como eu concordo com suas observações e li o que autor escreveu, eu também só lerei o livro se for a trabalho. Se um livro não anda sozinho, precisa da muleta do pai autor ele já perde metade do interesse.
abraço,
Clara
Sergio. a série “Por que desisti de ler…” me parece uma ótima idéia!
abraços
Total apoio à criação da série “Por que desisti de ler”. Grande idéia. Realmente, acontece com uma freqüência bem maior do que a gente, como leitor, merece.
Um abraço,
Sérgio Karam
Livros:
É muio, mas muito ófe tópique mas já que fala-se de livros, vamos lá:
1) Nunca guarde livros em pé na estante.
2) Preserve-os da poeira e do ar excessivamente sêco.
3) Caso ocorra a cataclismática situação de encharcá-lo – chuva, inundação, – máquina de lavar – NUNCA, JAMAIS seque um livro ao sol ou com o secador de cabelo. Primeiro conserve-o na geladeira, depois retire o excesso de água com papel toalha e deixe-o secar na geladeira, expondo as partes mais molhadas. Nada de congelador. Mais ou menos no meio.
Dicas de quem gosta de livros, de belas encadernações e não se importa muito com o conteúdo e tem um irmão que é restaurador e encadernador clássico…
brancaleone: só pode ser sacanagem…
Gostei muitíssimo da idéia da série por que desisti de ler…. tenho tido o mesmo problema! Será por que?
Sérgio, acho que ninguém começa a série ‘por que desisti de ler’ porque há um certo receio de que os ânimos se exaltem com alguma indicação por parte de um fã mais ardoroso do dito livro. De todo modo, lá vai: estou quase desistindo de ler O passado, do Alan Pauls, por razões diversas, a mais forte é que esse livro tem uma frase impossível, um estilo muuuuuito literário, que quer demaaaais fazer literatura, alta literatura, um livro cheio de acontecimentos em torno desse casal Rímini e Sofia. Eu não aguento mais frases como essas:
“No entanto, mesmo parecendo alheio, era como se soubessem tudo desse mundo. Conheciam o mecanismo do ardor, a lógica do engano, as molas secretas da dominação e do desprezo, todas as chaves que moviam, davam brilho e às vezes aniquilavam a vida dos outros. Seus quadros da situação eram precisos; raras vezes falhavam ao fazer um diagnóstico; e quando davam conselhos – uma coisa excepcional, que só concordavam em fazer nos casos mais graves ou urgentes, de tão reativos que eram a tudo que pudesse confundir-se com a manipulação emocional -, cuidavam muito bem das fragilidades, dos impulsos, das propensões capazes de viciar a operação de parcialidade.” (São Paulo: Cosacnaify, p. 39).
Mas ainda não desisti de vez, vamos ver mais à frente se dá para ir até o fim.
Paramo:
Tenho a absoluta certeza.
É exatamente assim que livros são salvos depois de enchentes e inundações.
Como eu disse: Sou pouco afeito à literatura em sí ( parei em Ray Bradbury, Clarck, Menken, Kurt Vonegut e afins) mas adoro esta coisa da encadernação, do restauro.
Saiba você que o sol é o ar sêco são os piores inimgos do papel.
E não esqueçaM
O Prazer que voces tem lendo livros bons (na opinião de voces) deve-se a uns doidos como meu mano que os encaderna em couro e restaura e a uns metidos como eu que pesquisam por hobby as tecnologias novas e antigas de impressão e encadernação…
Machado de Assis, no prefácio do Brás Cubas, disse muito bem:
“Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um
prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um
jeito obscuro e truncado.”
E arremata brilhantemente: “A obra em si mesma é tudo”.
Suponho que o tal Ballard viu-se obrigado a explicar a “mensagem” do livro porque, no caso dele, a obra em si era pouco.
eu nunca leio nada sobre o livro antes de ler o próprio. Seja prefácio, introdução ou o que for. Invariavelmente isso me levará armado pra leitura. só leio essas coisas depois. Ao ver esse comentário do sérgio vejo que não estou tão errado assim…
Mas Brancaleone, como não deixar os livros de pé na estante?? E como devem eles ficar, deitados? Acho quase impossível mantê-los assim. De todo modo acho o trabalho de vocês, de restaurar livros, o máximo!
Um abraço,
Clara
Ninguém tem maior direito de justificar e/ou explicar (e até repudiar) sua obra do que o próprio autor. e observem que mesmo vindo do próprio autor, não passará de mera opinião.
Essa contrariedade com as obras que precisam de bula ou de manual de instruções é o argumento central do Tom Wolfe em
“A Palavra Pintada”, só que em relação à arte moderna e suas teorias mirabolantes para justificar a importância estética de rodas de bicicletas coladas a bancos, telas cheias de garranchos etc.
Hoje em dia, críticas negativas tendem a ser mais sinceras e mais raras. Infelizmente, já se foi a época em que grandes críticos/escritores não hesitavam em se manifestar sem muitos rodeios sobre a produção de seus pares (Dorothy Parker sobre Atlas Shrugged: “este não é um daqueles romances que se possa simplesmente deixar de lado– ele deve ser jogado longe com muita força”).
No entanto, não vi e não gostei é uma alternativa arriscada. Não é o caso do comentário do Sérgio sobre o Crash, mas toda e qualquer forma de racionalizar a preguiça ou os próprios limites intelectuais é uma fórmula segura para a barbárie. Existe uma angústia muito grande das pessoas hoje porque há uma quantidade monumental de literatura facilmente à disposição e, em países feito o Brasil, mesmo os adultos que se interessam por literatura têm lacunas consideráveis de formação, ou seja, têm de recuperar o tempo perdido e buscar referências que deviam ter sido obtidas no processo de escolarização. Isso aumenta a insegurança das pessoas e as torna defensivas em relação ao que não conhecem ou não entendem imediatamente. Ninguém nunca lerá tudo o que seria desejável, e a vida é curta para se ler o que não se aprecia, mas de vez em quando é bom desafiar os próprios limites.
Clara, que ótimo foi ler seu comentário sobre “O passado”! Quase morri de agonia, para ler esse livro até o fim. Concordo plenamente com a sua descrição do estilo pretensioso e da frase impossível. Rímini e Sofia não são tão interessantes assim, para valer o sacrifício. O produto é simplesmente chato. E deprêtodavida.
Um abraço,
Ana
Clara:
Eu não sou restaurador. Mas o mano véio é. Apenas interessei-me por técnicas de encadernar.
Mas é fato que livros em pé sofrem danos e deformidades de capa e costura – estamos falando de encadernações decentes – A melhor maneira é deitá-los pois assim o pó não acumula-se sobre a parte superior. Outra coisa: Ao limpar as bordas do papel, use pano com água DESTILADA para que o pouco cloro da água de torneira não ataque as fibras do papel.
Tá eu sei, estante com livros deitados é feio e contra a estética mas os livros não tão nem aí para a estética…
Xi, e eu que acabei de comprar esse livro (EL PASADO) em espanhol? A tradutora da edição brasileira é ótima (Josely Baptista) mas a edição argentina é bem mais barata do que a brasileira. Vamos ver o que acontece. O Alan Pauls é (quase) sempre elogiadíssimo.
Experimenta, Sérgio. Conheço gente que adorou…
Um abraço.
Clara e Ana Z.,
Por que vocês perdem tempo lendo Alan Pauls? É preciso gostar de literatura para enfrentar mais de 400 páginas. Vão ver novela na TV, meninas…
E agora virou moda reclamar que o livro é “chato”… Chato comparado com o quê, debilóides? Com TV? Com cinema hollywoodiano? Com literatura de consumo rápido?
Mahler,
um livro pode se chato por ele mesmo… A chatura pode se estabelecer nas frases arrastadas, idéias tortuosas, personagens incongruentes, diálogos forçados e por ai vai…
Não precisa ser chato em comparação com outra coisa.
Ou, na sua opinião, TODOS os livros são bons? Ou, pra sairmos dessa conceituação bom/ruim, que é vaga, vc acha nunca se deparou com um livro que lhe causou tédio, aborrecimento, vontade de largá-lo e fazer outra coisa?
Excerto de entrevista de Ray Bradbury
(QUESTAO-TRIP) Neste livro, você cria uma distopia em que os livros são proibidos. Não acha que hoje, com o excesso de informação que nos cerca, estamos perdendo contato com os livros que importam – do mesmo modo como, em Fahrenheit 451, os livros eram queimados?
(RESPOSTA-BRADBURY)
Sim. Temos informação demais. Hoje pensamos que somos mais espertos, mas não somos. TV e Internet nos dão muita informação, mas não há cérebro ali, só falta de sentido. Você tem que saber escolher o que interessa e deixar de lado livros, artigos e filmes de que não precisa. Somos contaminados por factóides. Você não precisa dos resultados do futebol ou da vida dos atores e das celebridades… nada disso interessa. Você tem de se tornar um rigoroso censor desse tipo de coisa, para eliminar fatos indesejáveis e desfrutar da beleza da vida.
LINK
http://revistatrip.uol.com.br/conteudo.php?cat_id=25&materia_id=21876
É isso mesmo, joao gomes…
a questão é a filtragem.
Mas mesmo dentro daquele universo que cada um considera útil haverá excessos. Não é questão fácil de ser resolvida.
O ser humano tem de estar estar aberto a novas informações, obviamente cuidando pra não cair no exagero.
E principalmente, respeitando o gosto dos outros, as preferências alheias, concorda? sob risco de nos tornarmos donos da verdade, sabichões absolutos, “professores de deus”, como certas pessoas, que se colocam como medida de tudo…
Pra mim ler Ballard, pro exemplo, é quase uma perda de tempo, considerando a pilha de alternativas que tenho numa pilha no meu criado-mudo mesmo. Mas muita gente acha legal o Ballard e certamente tira muito proveito dessa leitura.
Salve as diferenças, as preferências, o vermelho e o amarelo…
Mas qual passado não é chato?
Sergio,
Tá bem humorado hoje, heim?!!! hehehehe (2)
Sergio. a série “Por que desisti de ler…” me parece uma ótima idéia! (2)
Total apoio à criação da série “Por que desisti de ler”. (2)
Um autor genial?
Não existem autores geniais. Não existem diretores de cinema geniais e não existem atacantes de futebol nem corredores de fórmula um geniais.
Às vêzes acertam um livro, um filme, um chute, uma corrida. Algumas outras vêzes escrevem dois, tres livros bons, dirigem dois ou três filmes exelentes, jogam bem 4 ou 5 partidas, ganham umas 5 corridas.
Param por aí, não são geniais o tempo todo. É impossível ser maravilhoso, genial e espetacular todo o tempo.
Nem todos os livros escritos por “seu fulano” são fantásticos – salvo é claro para os leitores (?) de Paulo Coelho que adoram, amam e idolatram toda e qualquer coisa que ele escrever, mesmo que seja receita de bolo. Mas aí não é uma questão de genialidade do cara mas de burrice dos leitores.
Por tudo isso não dá para criticar autores sem ir para a fogueira da inquisição da intelectualha, sendo vaiado e agredido por impropérios do tipo “alienado”, “vá ler Mônica”, “vá assistir televisão”.
Eu cá, sujeito simples como painel de fusca 66 (6 volts!!) tenho até medo de palpitar (do verbo dar pitaco) em blogs assim, cheio de entendidos e letradaços, mas a vontade de intrometer-se é grande e acabo assumindo que leio mesmo é Conrad, Vonegut, Bradbury, Mencken.
O problemas são as patrulhas. e as mais fascistas patrulhas são as dos intelectuais. Você acha a maioria dos filmes de Bergman um saco? vai ser queimado vivo ou morto a golpe de cortador de unhas . Não gosta de Ibsen? Voce é o quê? Um troglodita?
Aqui, nesta minúscula cidade em que optei viver, o analfabetismo funcional é regra quase sem exceções. Minha espôsa é professora e organizamos um Clube do Livro. O que distribuímos? Harold Robins e Sidney Sheldon para adultos, Mônica prá criançada. Lixo? Não não é. É um começo, apenas um começo.
e o wasabi do alan pauls? alguém por aqui poderia opinar?
Oi, Ana, merci pela solidariedade e pela companhia neste blog, fomos corajosas, não 🙂
Oi, Cezar, concordo com todas as suas observações, claro.
E Brancaleone, entendo os malefícios do pó nos livros em pé, mas não consigo pensar neles de outro modo, vou tentar colocar uma prateleira de livros deitados e ver se me acostumo. Achei ótimo o trabalho de vocês em favor da leitura, acho que vale tudo, de gibi a bula de remédio 🙂
Abraços,
Clara
Clara, apareça sempre. Lamento, como dono deste espaço, a agressão gratuita que aquele paspalhão anônimo lhe dirigiu. Acho que vale a pena manter este espaço sem censura, e coisas assim acabam vindo junto. Um abraço.
Coméqueé? Eu li isso direito? 240 páginas e QUARENTA E DOIS REAIS?????
Prezado Sr. Luiz Schwarcz, comunico-lhe que estou deixando de comprar livros da sua Editora por excesso de voracidade na hora de botar preço nas edições.
Vou procurar a edição do Crash feita pela Record nos sebos, que está em torno de 10 reais.
Claudio,
li Wasabi há quase 10 anos… lembro-me de ter achado muito parecido com o Cortázar em algumas passagens..não sei se pelo fato de ter argentinos perdidos em Paris, como o Rayuella…
É uma história interessante sim, em que o autor lança mão de uma certa vanguardice comum a esses escritores argentinos. É o típico livro de tese, não sei se me faço entender.
Teria de reler pra opinar melhor, mas de qualquer forma lembro me senti recompensado pela leitura. É um volume bem mais econômico (menos de 130 paginas) que o calhamaço de agora do cara…rssss… já que a turma ai tá reclamando.
Sergio, obrigada, concordo com a não-censura e acho sua mediação entre os leitores muito justa e efetiva.
Em alguns momentos as coisas aqui ficam um pouco difíceis, mas você tem tido uma postura muito equilibrada na administração de tantas diferenças.
Um abraço,
Clara
Qual o problema com o Kurt Vonnegut?
Eu me diverti muito lendo “Café-da-manhã dos Campeões”.
É baixa literatura?
Que coisa!
vou ler “Os Lusíadas” para compensar.