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Sai Silvestre, entra Sandra
Posts / 12/05/2006

O programa “Espaço Aberto Literatura”, da GloboNews, vai ao ar neste momento com uma novidade interessante. A repórter Sandra Moreyra conduz a entrevista (no caso, com José Castello, que fala de seu livro sobre João Cabral de Mello Neto) no lugar de Edney Silvestre. Sandra é de uma ilustre dinastia de letrados cariocas, neta de Álvaro e filha de Sandro, e fica bem naquela cadeira. Não deve ocupá-la por muito tempo, porém: Silvestre está ausente porque cobre férias no escritório da Globo em Nova York, e, ressalvada uma mudança de planos, reassumirá o programa dentro de um mês.

Ele superou Dan Brown, mas não existe
Posts / 12/05/2006

O romance mais vendido hoje na livraria virtual Amazon, Bad twin, foi publicado na semana passada e logo deslocou o fenômeno “O código da Vinci” para o segundo lugar. A façanha é ainda mais respeitável porque o thriller de Dan Brown, além de ter sua própria história de sucesso, está turbinado no momento pela propaganda do filme nele baseado. Nada disso, porém, é o mais importante no caso de Bad twin. O que torna o livro um caso realmente único é o fato de seu autor, Gary Troup, não existir – ou melhor, só existir como personagem de ficção. Troup é um dos passageiros que não sobreviveram à queda do avião no seriado de TV “Lost”. Na história, o manuscrito de Bad twin foi encontrado entre os destroços e lido por um dos sobreviventes. A diferença entre Gary Troup (anagrama de “Purgatory”, como alguns fãs de “Lost” não demoraram a descobrir) e outros autores de mentira – aquele “lourinho/lourinha” que andou pela Flip ano passado, por exemplo – é que o jogo ficcional, no caso do personagem de “Lost”, é assumido. Leva a questão da autoria para um terreno que a obsessão pós-moderna com a história-dentro-da-história ainda não tinha ousado…