Nosso livro realiza um impulso difuso nos romances em geral, que em grandes obras do século 20 se torna uma espécie de marca fundamental: a vocação para a totalidade. Toda vez que pensamos nele, devemos pensar também no ‘Ulisses’, de Joyce; no ‘Em Busca do Tempo Perdido’, de Proust; no ‘Berlim Alexanderplatz’, de Alfred Döblin; no ‘Doutor Fausto’, de Thomas Mann; no ‘Quer Pasticciaccio Brutto de Via Merulana’, de Carlo Emilio Gadda; em algum romance de Faulkner; no ‘Século das Luzes’, de Alejo Carpentier, e em poucos outros mais. São obras que tentam dar uma súmula da experiência humana. O trecho acima é tirado do longo artigo que o crítico Davi Arrigucci Jr. escreveu para o magistral caderno especial Grande Sertão: Veredas – 50 anos, publicado sábado passado pelo “Estadão”. Quem puder ter acesso à versão de papel não deve titubear: só lá podem ser lidos os textos de Antonio Candido (escrito em 1956 e avaliando com precisão, em cima do laço, a grandeza da obra), Walnice Nogueira Galvão, Willi Bolle e Mario Sergio Conti, entre outros (ou na versão digital do jornal, para quem for assinante). Aperitivo: com acesso livre no site, além do artigo de Arrigucci, estão os…