A neta de John Steinbeck andou levando cascudos dos leitores (veja a nota “De ratos e herdeiros”, abaixo), mas acho que foi vítima de uma injustiça. Seja como for, é inofensiva para a indústria editorial e para humanidade perto do neto do gênio irlandês James Joyce (1882-1941). Stephen Joyce, 74 anos, virou o pesadelo da comunidade de joycianos no mundo inteiro com seu modo discricionário de administrar o legado do avô, como mostra um artigo de D.T. Max no último número da revista “The New Yorker” (aqui, em inglês). A princípio, quando Stephen dizia coisas como “sou um Joyce, não um joyciano”, muita gente achava divertido. Até suas tiradas contra o excesso de teorização em torno da obra do autor de “Dublinenses” encontraram eco num certo antiintelectualismo bonachão: “Se meu avô estivesse aqui, morreria de rir”, é um de seus bordões. Menos engraçada foi sua confissão de que queimou um lote de cartas da família, assim como a suspeita de que pode ter feito o mesmo com cartas do punho do próprio Joyce. Sem falar na facilidade com que inviabiliza a publicação de estudos e outros projetos ligados ao avô, como a versão multimídia de “Ulisses” (pois é…) que um…