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Esse bárbaro amor pelos livros
Posts / 08/07/2006

Leitura recomendável a todos nós, fetichistas do papel, para quem é absurda a idéia – defendida por tantos visigodos eletrônicos – de que o livro como o conhecemos seja menos que eterno, indestrutível, maior que a própria História. O jornalista e escritor argentino Marcelo Figueras escreve em seu blog no site El Boomeran(g) sobre uma relação com os livros que nada tem de rara. Talvez seja mesmo a mais comum das relações possíveis entre seres humanos e livros. Mas não é fácil encontrar quem assuma esse amor bandido: Cada pessoa se relaciona com o objeto livro de maneiras distintas. Sei de gente que os trata como se cada exemplar fosse um incunábulo: cuidando para que a sobrecapa e a capa não se amarrotem, abrindo-os de tal forma que não fiquem marcas na lombada, negando-se a sublinhar o texto a menos que seja com um delicado traço de lápis… Compreendo esse cuidado, porque expressa amor. Mas é claro que, como na vida, existem muitos tipos de amor. Amo meus livros, mas com um amor bárbaro. Ali estão os coitados, manuseados, gastos, sublinhados com tinta, cheios de papeizinhos que naquele momento serviram como marcadores… Meus livros se parecem bastante com a edição…