A “Folha de S. Paulo” (aqui, mas só para assinantes do jornal ou do UOL) informa que Bogotá recebeu da Unesco, para ostentar ao longo do ano que vem, o título de Capital Mundial do Livro. A capital da Colômbia é a primeira cidade da América Latina a merecer a distinção, mas parece haver justiça nisso. Uma epidemia de leitura que a experiência brasileira torna difícil até de conceber estaria começando a mudar a imagem colombiana de país violento e ingovernável – ou pelo menos mostrando que ela não é exclusiva: Com 2,7 milhões de visitantes por ano, a Biblioteca Luis Ángel Arango, em Bogotá, é uma das mais visitadas do mundo. Recebe, em média, 9.000 pessoas diariamente. É mais do que a soma de visitantes de Masp (Museu de Arte Moderna de São Paulo), Biblioteca Mário de Andrade e Pinacoteca juntos por dia. Mantida pelo Banco Central do país, ela tem 2 milhões de livros e capacidade para 2.000 leitores sentados. Nos últimos anos, a BLAA fez escola: a prefeitura local construiu outras megabibliotecas pela cidade e criou diversos programas de leitura que visam formar leitores em massa.