Virou caso de polícia a filmagem, em Londres, do longa-metragem “Brick Lane”, baseado no livro homônimo da princesa do multiculturalismo inglês Monica Ali (leia aqui nota publicada no Todoprosa sobre o último livro da autora). A comunidade bengalesa que Monica Ali retrata no livro – e à qual ela pertence – está revoltada com o que alega ser um retrato preconceituoso e estereotipado de sua gente. Os protestos ganharam tal vulto que a produtora cancelou as filmagens em locações na região bengalesa de Londres, seguindo o conselho da polícia. Não bastou. Está prevista para domingo uma passeata em que exemplares do livro serão queimados. “Ela tem direito à liberdade de expressão, nós temos o direito de queimar livros”, declarou Abdus Salique, líder de uma certa “Campanha contra o filme Brick Lane de Monica Ali”. O movimento reúne centenas de pessoas e foi lançado oficialmente ontem, segundo reportagem (em inglês) do “Guardian”. Uma manifestação de trogloditismo? Claro que é. Mas é comovente também. Quer dizer que a ficção, tratada como uma excentricidade cada vez mais irrelevante em termos sociais, ainda é capaz de provocar toda essa mobilização em algum lugar do mundo? Bom saber que o papel não está restrito a…
O best seller de Dan Brown, cuja tradução já teve oito edições no Irã, não pode mais ser republicado no país. Os exemplares existentes continuarão à venda – presume-se que devidamente inflacionados. O governo se decidiu pelo veto depois de uma campanha de líderes cristãos iranianos. Curiosamente, os cristãos são gatos pingados no país: cerca de 100 mil contra 69 milhões de muçulmanos.