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Livro com os dias contados? – a missão
Posts / 03/07/2006

Para quem se interessou pela polêmica exposta na nota abaixo: o artigo de Kevin Kelly que motivou a resposta de John Updike ganhou uma tradução para o português – uma versão condensada, mas ainda de certo fôlego – na última edição da revista “Entrelivros”, sob o título Biblioteca universal ao alcance do mouse.

Polêmica boa: o livro está com os dias contados?
Posts / 03/07/2006

Eis uma polêmica imperdível (toda em inglês, infelizmente) para quem se interessa pelos novos rumos que a cultura digital pode impor à literatura – ao ato de escrever, de ler, de vender, de comprar livros. Pouca gente minimamente antenada discute que mudanças culturais e econômicas estão a caminho, mas até que ponto isso mexerá, se é que mexerá, com a leitura como a conhecemos? Alguns radicais acham que o livro – o objeto físico e também o mental – está com os dias contados, nada menos. Um desses é Kevin Kelly, da revista de tecnologia “Wired”, que mês passado publicou um longo artigo no “New York Times” (cadastro gratuito) para saudar a nova era que, acredita ele, a digitalização de grandes bibliotecas pelo Google está inaugurando. Nessa era já não haverá livros, mas fragmentos de páginas que os leitores editarão na ordem que bem entenderem, trocando esses novos textos remixados como hoje se trocam listas de música online. Nenhum autor poderá viver de seus escritos em tal ambiente, é claro, pela simples razão de que não haverá direitos autorais. Como viverão os escritores? Vendendo “performances, acesso ao criador, personalização (…), patrocínios, assinaturas periódicas – em resumo, todos os valores que…

Murilo Rubião: ‘A casa do girassol vermelho’
Primeira mão / 02/07/2006

O mineiro Murilo Rubião (1916-1991) é uma espécie de Dorival Caymmi da literatura: em cinqüenta anos de atividade literária, escreveu uma média de um conto por ano e, perfeccionista, nunca parou de reescrevê-los e submetê-los a uma feroz autocrítica que, no fim das contas, o levaria a considerar apenas 33 aptos a figurar em livro (pena que esse rigor não tenha mais seguidores entre nós). Rubião foi “descoberto” pelo grande público tardiamente, nos anos 70, com o best seller “O pirotécnico Zacarias”. Foi nessa época que o li pela primeira vez. Era adolescente e nunca mais esqueci a forte impressão causada por aquele estilo que, embora fantástico, nada tinha a ver com o realismo mágico latino-americano, ao qual era na verdade bem anterior – o autor já estava inteiro em sua primeira coletânea, “O ex-mágico”, de 1947. A comparação feita habitualmente pela crítica é com Kafka, mas também isso explica pouco. A verdade é que Murilo Rubião não se parece com nada. Só lendo o homem para saber o que significa lê-lo, e por isso é tão bem-vinda a volta ao mercado daqueles 33 contos aprovados por ele, relançados pela Companhia das Letras. Esta semana chegam às livrarias “O pirotécnico…

Record nega venda para Bertelsmann – de novo
Posts / 01/07/2006

A Record, maior editora de livros de interesse geral (isto é, não didáticos) do país, desmentiu ontem oficialmente os rumores de que foi vendida para o grupo alemão Bertelsmann, um dos maiores do mundo na área de comunicação. Nao é a primeira vez que faz isso, o que reforça a suspeita de namoro entre as partes. O mesmo boato circulou com força em agosto do ano passado. Tanta força que chegou a ser desmentido por Stuart Applebaum, vice-presidente executivo de comunicação da Random House, braço editorial da Bertelsmann e maior editora de interesse geral do mundo. Applebaum declarou ao “PublishNews”: “Nós não compramos nem investimos em nenhuma editora brasileira, nem estamos contemplando fazer isto no futuro”. Mas a tendência do mercado é mesmo concentradora, e pelo menos uma editora portuguesa estava na mira do grupo. Terça-feira passada foi confirmada a compra, pela Bertelsmann, da editora e rede de livrarias portuguesa Bertrand, por um valor estimado entre 20 e 30 milhões de euros (entre 55 e 80 milhões de reais). A compra da empresa d’além-mar pode estar na origem do ressurgimento dos rumores. Em 1997, a Record adquiriu dos portugueses a Bertrand Brasil. Desde então, não há mais relação alguma entre…