A editora inglesa Penguin está comemorando os 60 anos da coleção Penguin Classics. A festa é justificada: a empresa criada por Allen Lane em 1935 fez tanto sucesso com sua estratégia editorial revolucionária que se tornou a maior responsável por trazer a literatura – um tanto tardiamente – para a era da comunicação de massa. A idéia de publicar conteúdo de qualidade em brochuras industrialmente baratas – suporte reservado até então à subliteratura e a reedições sem cuidado de textos caídos em domínio público – estreou no mercado em 1935. Trazia textos de autores (então) contemporâneos, como Agatha Christie e Ernest Hemingway. Só na década seguinte os clássicos entraram na dança, e o público, para surpresa de muita gente, continuou comparecendo. “O amante de Lady Chatterley”, de D.H. Lawrence, lançado em 1960, chegou a vender o número até então inconcebível de 3,5 milhões de exemplares. Para comemorar a data, a Penguin preparou uma lista dos cem melhores títulos da história da coleção – leia a reportagem do “Times”, em inglês, aqui.