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Cormac McCarthy: ‘Onde os velhos não têm vez’
Primeira mão / 21/09/2006

É a primeira vez que a seção Primeira Mão aparece aqui dois dias seguidos, mas a ocasião justifica o exagero. No pacote de lançamento do selo Alfaguara no Brasil (veja a nota de ontem sobre o livro de Mario Vargas Llosa), chama atenção outro escritor de primeira grandeza, este, porém, de obra pouco conhecida entre nós: o americano Cormac McCarthy, 73 anos. Em maio deste ano McCarthy teve o livro que costuma ser considerado sua obra-prima, “Meridiano sangrento”, incluído por um júri do “New York Times” entre os mais importantes da ficção americana nos últimos 25 anos (nota da época aqui). “Meridiano sangrento” foi lançado nos EUA em 1985 e saiu aqui pela Nova Fronteira em 1991, mas faz tempo que virou raridade. Depois disso a Companhia das Letras publicou a chamada Trilogia da Fronteira de McCarthy: “Todos os belos cavalos” (1993), “A travessia” (1999) e “Cidades da planície” (2001). Ficou nisso. O que torna mais bem-vinda esta edição de “Onde os velhos não têm vez” (Alfaguara, tradução de Adriana Lisboa, 252 páginas, R$ 38,90), um western moderno – ambientado nos anos 80 – e ultraviolento que a prosa tensa e seca de McCarthy ajuda a tornar mais do que…