O Brasil, nariz enfiado no umbigo, finge que não é com ele. Mas continua mundo afora o quebra-pau sobre o futuro do livro e da leitura na era digital, assunto que o Todoprosa – embora seja tão cerimonioso com engenhocas de alta tecnologia que até hoje tem um celular sem câmera, imagine só – acompanha com interesse entre o perplexo e o entusiasmado. O último capítulo é um artigo/resenha (em inglês, acesso gratuito) de Jason Epstein, ex-diretor editorial da Random House, no “New York Review of Books”. Comentando um pacote de cinco livros que de alguma forma abordam o assunto, Epstein observa que… … a concepção original de (Larry) Page (um dos fundadores do Google) para o Google Book Search parece ter sido a de que livros, como os manuais de que ele precisava na escola secundária, são fontes de informação que os usuários podem pesquisar como pesquisam na Web. Mas a maioria dos livros, diferentemente de manuais, dicionários, almanaques, livros de receita, publicações acadêmicas, manifestos estudantis e assim por diante, não podem ser representados adequadamente googlando-se assuntos como Aquiles/ira ou Otelo/ciúme ou Ahab/baleias. A “Ilíada”, as peças de Shakespeare e “Moby Dick” são, em si mesmos, informação para ser…