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Luis Fernando Verissimo: ‘A décima segunda noite’
Primeira mão / 29/10/2006

Um papagaio francês é o narrador do quinto romance de Luis Fernando Verissimo, “A décima segunda noite” (Objetiva, 148 páginas, R$ 28,90), que chega às livrarias no dia 16 de novembro. Segundo título da coleção Devorando Shakespeare, dedicado a histórias baseadas na obra do dramaturgo inglês, o livro se inspira na comédia “Noite de Reis”. Um dos maiores cronistas da literatura brasileira em qualquer época, Verissimo costuma se sair bem nas narrativas longas – em seu caso, nem tão longas assim –, que só escreve quando lhe encomendam. Foi assim com “O jardim do diabo” (L&PM, 1988), o primeiro e preferido deste escriba, e também com “Gula – O clube dos anjos” (Objetiva, 1999), “Borges e os orangotangos eternos” (Companhia das Letras, 2000) e “O opositor” (Objetiva, 2004). O primeiro título da coleção Devorando Shakespeare foi “Trabalhos de amor perdidos”, de Jorge Furtado. O próximo será “Sonhos de uma noite de verão”, de Adriana Falcão. Abaixo, o trecho inicial de “A décima segunda noite”: Mon Dieu, mon Dieu, um gravador. Deus dos papagaios, me acuda. Já ouvi minha voz gravada. Quase silenciei para sempre. É o som do caldeirão rachado com o qual pretendemos comover as estrelas e só conseguimos…