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Da tradução como dever do Estado, etc.
Posts / 01/11/2006

Sem querer ser chato, acho que vale a pena levantar a questão do acesso. Para quem teve a oportunidade de aprender várias línguas, e tem acesso a boas edições, de grandes tradutores, vale reclamar de nuances nos textos traduzidos. Mas quando se trata de leitura, sou daqueles que costumam dizer sempre: “É melhor do que nada”. Cheguei a estudar Filosofia um ano, e lembro que muitas pessoas falavam mal da coleção “Os pensadores”. De fato, ela não traz as melhores traduções, mas não creio que atrapalhem estudantes do primeiro período. Concordo que é muito melhor ler Kant em alemão, mas devo esperar aprender a língua para fazê-lo? Comentário de Pedro — 31/10/2006 @ 1:58 pm Pedro, traduções, boas ou más, são fundamentais. Querer que uma obra só faça sentido no original é defensável para a poesia, mas para qualquer prosa, de filosofia a literatura, denuncia um elitismo alarmante. Além de um separatismo cultural no grau mais insano: “Jamais saberás o que disse Dostoiévski, até aprenderes russo”, a sentença pairaria sobre todas as cabeças não-russas da humanidade do primeiro ao último dia de suas vidas. É nesse mundo que vivem os inimigos da tradução. A tradução é uma necessidade humana básica,…