Em seus escritos, Coelho, que é católico – embora afirme “não beijar a mão do Papa, com certeza” – se apresenta como um explorador de mistérios e um sábio, um híbrido de Carlos Castaneda e Khalil Gibran. Não tem nada de muito revelador para os leitores brasileiros o correto perfil de oito páginas de Paulo Coelho que a jornalista e poeta Dana Goodyear assina na “New Yorker” desta semana – a reportagem não está disponível no site da revista, mas pode ser baixada em pdf aqui, no pé da página. A chamada é provocante: “Cem milhões de leitores podem estar errados?” Bem, há controvérsias. Indiscutível é o momento mágico que vive o Mago. Todo esse cartaz na bíblia dos intelectuais de nariz em pé se soma ao seu antológico artigo em defesa da liberdade editorial publicado na “Folha” de ontem (só para assinantes) para fazer desta uma espécie de Semana Paulo Coelho.