Em que anda metido agora? Em nada. Mal tenho tempo para me concentrar em coisas sérias com tudo isso. Mas está escrevendo? Não. Não quer escrever outro romance? Veremos. Passo o tempo todo envolvido em coisas ligadas a esse maldito livro, estou farto. Maldito livro? Já o odeia? Não, tê-lo escrito, não. Mas tudo isso. Repetir esta entrevista 30 ou 40 vezes… Você não dá muitas… Demasiadas, considerando as que eu gostaria de conceder. Não vejo sentido nisso a não ser que surjam coisas novas. É preciso fazer, é parte do seu trabalho também, devem vender jornais, é puro comercialismo, não tem nada a ver com outra coisa. Fiz algumas entrevistas interessantes em que surgiram alguns elementos novos, e nesse caso valem. Nesta você disse algo novo? Não. Pois acrescente-o. Não tenho mais nada a acrescentar. Se fosse apenas pelo final amargo, que na rapidez das raquetadas lembra uma partida de pingue-pongue de competição, já valeria a pena ler a longa entrevista do Babelia, suplemento literário do jornal espanhol “El Pais”, com Jonathan Littell, autor de “As Benevolentes” (Alfaguara, tradução de André Telles). Mas há outros atrativos na entrevista, entre eles o de questionar Littell sobre um certo “excesso” do…