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Que tal uma lista de piores listas?
NoMínimo / 29/12/2007

“Estes são os autores americanos mais importantes de todos os tempos”, proclamou há alguns Natais a revista francesa Lire: “Raymond Chandler, Faulkner, John Fante”. Há poucas semanas, Michel Tournier (que não tinha até agora reputação de idiota) elegeu como livro do ano em The Times Literary Supplement o novo romance de Amèlie Nothomb, Ni d’Eve ni d’Adam, que já havia proposto, naturalmente sem sucesso, para o Prêmio Goncourt. Em certo jornal italiano, um célebre crítico de cujo nome não quero me lembrar coroou como melhor livro de 2007 a obra completa de Dario Fo, “o Shakespeare do século 20”, juízo que, se exato, faria de Shakespeare o Dario Fo do século 17. “Sobre gostos não há nada escrito”, escreveu alguém que nunca abriu um suplemento literário. Oscar Wilde argumentou que fazer listas do que se deve ler é uma tarefa inútil ou perniciosa, uma vez que um autêntico apreço pela literatura é sempre questão de temperamento e não pode ser ensinado. Propôs, em vez disso, listas do que não se deve ler: as obras teatrais de Voltaire, a Inglaterra de Hume, a História da filosofia de Lewes… Seguindo seu exemplo, Mark Twain opinou que a melhor forma de começar uma…