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Ah, a língua…
Posts / 10/03/2008

Autores como Guimarães Rosa, quando morrem fisicamente, morrem também literariamente. O Rosa não vai durar muito tempo, ele hoje só é lido nas universidades. Porque ele saiu dos trilhos, exagerou. Aconteceu isso também com o Mário de Andrade que, quando escreveu “Macunaíma”, queria ser o Dante da língua portuguesa. Quem me chamou a atenção para isso pela primeira vez foi o Graciliano Ramos. É possível saber tudo de língua e nada de literatura? A entrevista do “imortal” Evanildo Bechara ao “Jornal do Brasil” (acesso livre) revela um gramático de 80 anos que, em suas idéias sobre o idioma, conserva-se surpreendentemente jovem e arejado – bem mais que a maioria dos jornalistas de 30 que eu conheço. Motivo de festa maior que este, só o fato de Bechara não ser crítico literário.