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O diálogo e o diálogo de Richard Price
NoMínimo / 12/06/2008

Para quem, discordando de Moacyr Scliar, trata o diálogo literário com o respeito que ele merece, é imperdível o artigo (em inglês, acesso livre) publicado na New Yorker de abril por James Wood, o mais influente crítico literário americano deste início de século. Wood fala de Richard Price, a esta altura um nome já ascendido – mais do que em ascensão – na literatura policial de seu país. (Parêntese incontido: um crítico erudito que entende e respeita a literatura “de gênero”, que inveja!) Embora dois livros de Price tenham sido traduzidos há alguns anos no Brasil, “Clockers” e “Freedomland”, ambos pela Rocco, ele permanece meio obscuro por aqui. É possível que isso mude em breve, com sua vinda à Flip e o anunciado lançamento de Lush life por uma editora mais afeita à construção de reputações, a Companhia das Letras. De qualquer maneira, a edição não ficará pronta para a festa. Price será um autor sem livro em Parati. A dificuldade maior que sua obra enfrenta fora de casa, porém, tem tudo a ver com o que James Wood considera sua maior qualidade: o talento para a reinvenção literária de uma fala cheia de gírias, imagens e achados poéticos cria…