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A ‘gratuidade magnífica’ de Jayme Ovalle
NoMínimo / 27/06/2008

Muso, personagem e guru de Manuel Bandeira e uma penca de nomes estelares do modernismo brasileiro, Jayme Ovalle (1896-1955) é a mais curiosa figura daquela geração. Artista sem obra – ou quase isso, embora fosse compositor talentoso e tenha emplacado um clássico, “Azulão” –, encarnou como ninguém o espírito de gratuidade, boemia e improvisação dos que fazem da própria vida matéria de arte e estão, bem, bebendo e andando para organizar essa bagunça em nome da posteridade. Virou mito, mas pagou um preço alto: por trás da lenda, quase sumiu. Não é exagero dizer que só agora, ao ganhar uma biografia, sua obra-vida fica completa. “O santo sujo – A vida de Jayme Ovalle” (Cosac Naify, 400 páginas, R$ 55) está saindo numa daquelas edições primorosas que viraram a marca da editora paulistana depois de custar a seu autor, o jornalista mineiro Humberto Werneck, quase duas décadas de trabalho – um trabalho repleto de interrupções e adiamentos, naturalmente, como o biografado seria o primeiro a compreender. Werneck, autor também de “O desatino da rapaziada – Jornalistas e escritores em Minas Gerais” (Companhia das Letras), estará na próxima quinta-feira numa mesa da Flip, ao lado de Xico Sá, para falar de…