Não fui à primeira Flip, em 2003, uma edição que ficou na história da festa como mito fundador, o Éden de gatos pingados que veio antes da Queda na massificação. No entanto, como descobri ao revirar meus arquivos agora há pouco, não deixei o assunto passar em branco. Num de meus primeiros artigos para o extinto NoMínimo, com o título acima, em agosto de 2003, falei da festa pelo ângulo de um quebra-pau supraliterário – ou infraliterário, pode escolher – que, embora não seja do tipo que muda a vida de ninguém, também não merece ser tratado como se não existisse. Afinal, a cidade se chama Parati ou Paraty? Como a dupla grafia domina a imprensa até hoje, confundindo muita gente, reproduzo abaixo a crônica de (homessa!) cinco anos atrás, que tenta encontrar resposta um pouco mais ilustrada para uma questão normalmente resolvida com o recurso simplório a leis federais, municipais etc. Em tempo, prefiro escrever Parati por uma razão simples: morro de medo de um precedente que inspire vereadores numerólogos e/ou caipiras a rebatizar suas cidades de Floreepa, Cuyabah, Seaureaukabba… * Falou em ortografia, o pessoal se empolga logo. Muita gente tem escassa disposição para enfrentar questões de língua…