O religioso turco Fethullah Gülen venceu a eleição online de mais importante “intelectual público” do mundo, promovida pelas revistas – pesadamente intelectuais e ocidentais – “Prospect” e “Foreign Policy” (via Arts & Letters Daily). Todos os dez primeiros colocados são de países muçulmanos. Só na 11.ª posição aparece o primeiro do Ocidente, Noam Chomsky, vencedor da edição de 2005 do prêmio. Tom Nuttall, editor de internet da “Prospect”, explica em tom meio constrangido (em inglês, acesso gratuito) o que aconteceu: uma intensa e inédita mobilização dos internautas muçulmanos, principalmente na Turquia. O que é um direito deles. Bobagem é ainda promover qualquer tipo de votação “séria” online e esperar que o resultado diga alguma coisa sobre o mundo além de quem tem a mais azeitada máquina de propaganda e a maior disposição para usá-la.