Em homenagem a João Ubaldo Ribeiro pela conquista do prêmio Camões, que ele achou merecido e eu também, lembro a vitória de “Viva o povo brasileiro”, seu romance mais importante, na eleição de melhor livro da ficção brasileira em 25 anos – de 1982 a 2007 – que o Todoprosa promoveu em abril do ano passado ouvindo escritores, críticos, editores e jornalistas da área. Aqui, o resultado geral da enquete. E aqui, uma modesta tentativa de entender o encanto duradouro desse romanção.
Os começos são bons cada um à sua maneira. Post publicado em 21/8/2006: * Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira. A frase de abertura de “Ana Karenina”, obra-prima do romance que Leon Tolstoi começou a publicar na imprensa em 1875 (Editora Nova Aguilar, Obra Completa, volume 2, 2004, tradução de João Gaspar Simões), conseguiu virar aquilo que a maioria dos escritores só ousa perseguir em sonho: máxima, aforismo, provérbio, dito popular, pérola de sabedoria que parece não ter dono, mas brotar diretamente do inconsciente coletivo.