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Google
A palavra é... / 06/09/2008

Google é uma daquelas marcas registradas que, de tão integradas à vida cotidiana, acabam fatalmente perdendo a inicial maiúscula e caindo na linguagem comum. Os substantivos gilete, chiclete e xerox são bons exemplos dessa transformação. Em inglês, o verbo to google – procurar uma informação por meio de um mecanismo de busca na rede mundial de computadores – teve ascensão vertiginosa nos primeiros anos do século 21, espelhando a da própria empresa. Em 2006, ganhou a bênção do dicionário Oxford. Imaginar que os donos de uma marca adotada pela linguagem comum encarem o fenômeno como uma espécie de consagração pode ser prova de ingenuidade. Por meio de seu departamento jurídico e em campanhas junto aos usuários, o Google tem se esforçado para que o verbo to google só seja usado se a ferramenta de busca for mesmo… o Google. Perda de tempo, claro. Desde sua fundação, em 1998, a empresa que agora lança seu próprio navegador tornou-se uma superpotência da economia digital, mas seu poder certamente não se estende à língua. O novo verbo tem sido lento em sua penetração no português, provavelmente devido ao exotismo de grafia e pronúncia. Embora não seja rara, a forma googlar – ou mesmo…