Esta é para fazer a festa daquela turma de freqüentadores do Todoprosa (Tibor e Saint-Clair à frente) que leva a sério a ficção científica – como ela merece ser levada mesmo, por mais que a dinâmica anti-renascentista do novo século, com sua ultracompartimentação do mundo em gôndolas de supermercado, tente trancafiar o gênero num gueto. Numa das entrevistas que deu à imprensa americana no dia em que foi anunciado seu Nobel de Economia, segunda-feira, o excelente Paul Krugman declarou o seguinte (via blog de livros da “New Yorker”) quando lhe perguntaram como tinha surgido a idéia de virar economista: Ah, é um pouquinho embaraçoso. Eu estava… Não sei quantos de seus espectadores assistem a ficção científica, lêem ficção científica, mas existe uma série muito antiga de livros do Isaac Asimov, “Fundação”, na qual os cientistas sociais que compreendem a verdadeira dinâmica da civilização a salvam. Era isso que eu queria ser. O que não existe, mas a economia é o mais perto que se pode chegar. Apenas como registro, embora nada tenha a ver com a notícia: li uns dois títulos de “Fundação” há vinte anos, não me perguntem quais, e achei de uma chatice intergaláctica. Mas cabe controvérsia, como…