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As cinco (ou seis) regras de Updike
NoMínimo / 04/02/2009

Dias de luto por John Updike, trezentas mil reportagens e artigos pipocando na internet, eu – que nunca fui fã do ficcionista, que li de forma incipiente e há muito tempo – me lembrei das ótimas (e pouco observadas) cinco regras para uma boa crítica jornalística que ele, resenhista prolífico, escreveu há décadas. Faz uns dois anos que esbarrei com elas e nunca esqueci. Resumindo (a íntegra, em inglês, pode ser lida aqui), trata-se do seguinte: 1. Tente entender o que o autor quis fazer, e não o culpe por não conseguir fazer aquilo que não tentou. 2. Transcreva trechos da prosa do livro em extensão suficiente – pelo menos uma passagem mais longa – para que o leitor da resenha possa formar sua própria impressão. 3. Confirme sua descrição do livro com uma citação do próprio, mesmo que só uma frase, em vez de fazer apenas um resumo vago. 4. Vá devagar com o resumo da trama, e não entregue o fim. 5. Se o livro for considerado deficiente, cite um exemplo bem-sucedido de outro que vá na mesma linha, seja ele tirado da obra do mesmo autor ou de outro. Tente compreender o fracasso. Tem certeza de que…