Foi anunciado ontem que o escritor dominicano-americano Junot Díaz, que tinha confirmado presença na Flip, desistiu da viagem. “Não se perde grande coisa”, já vejo alguns leitores dizendo, mas não se trata disso. O fato provocou um post interessante no blog de Flavio Moura, diretor de programação do evento, que eleva a um novo patamar a transparência (estamos em tempos de Obama, afinal) com que as negociações pré-festival vêm sendo tratadas na edição deste ano. Um trecho: A recusa chama a atenção para um lado curioso da atividade de organizar festivais: o acesso a dimensões comezinhas do dia-a-dia dos escritores. Verdadeiros ou não, os motivos que os levam a recusar muitas vezes são divertidos e dizem algo a respeito da personalidade de cada um. Em 2008, o mesmo Junot disse que não podia vir porque tinha “um casamento na Itália”. No mesmo ano, Lobo Antunes – que segue confirmadíssimo para 2009 – não pôde vir em razão da formatura da filha, na mesma data da Flip. A família é também o ponto de apoio de Kazuo Ishiguro, autor de Vestígios do dia, e do crítico James Wood, de How fiction works. O primeiro se diz pouco à vontade para viajar…