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Orwell: É a política, estúpido!
NoMínimo / 18/03/2009

Todos os escritores são vaidosos, egoístas e preguiçosos, e bem no fundo de suas motivações jaz um mistério. Escrever um livro é uma luta terrível, exaustiva, como um longo padecimento de alguma doença dolorosa. Algo que nunca se deve fazer, a menos que se seja movido por um demônio irresistível que não se pode compreender. Até onde nos é dado saber, esse demônio é o mesmo instinto que faz um bebê se esgoelar por atenção. No entanto, também é verdade que ninguém escreverá nada legível a menos que se esforce constantemente para apagar sua própria personalidade. A boa prosa é como uma vidraça. Não posso dizer com certeza qual dos meus motivos é o mais forte, mas sei qual deles merece ser seguido. E lançando um olhar retrospectivo sobre minha obra, vejo que é invariavelmente quando me faltava um propósito político que eu escrevi livros sem vida e fui traiçoeiramente atraído por passagens pedantes, frases sem sentido, adjetivos decorativos e bobagens em geral. Dica do leitor Diego Hartmann, esse texto (em inglês, acesso gratuito) de George Orwell sobre o que o levava a escrever ficou ressoando por um bom tempo aqui em casa. “Propósito político”, diz o pai do Big…