Algumas das melhores perguntas que me fizeram até agora sobre meu romance “Elza, a garota” partiram do jornalista e escritor Luciano Trigo, que acaba de publicar a entrevista em sua coluna no G1. Não pretendia voltar ao assunto agora, mas o quebra-pau político que se esboçou aqui na caixa de comentários esta semana me convenceu da pertinência de abusar mais um pouco da autopromoção e publicar esta amostra do papo: G1: Você não teme que seu livro seja “apropriado” pela direita? Acredita que haverá reações negativas por parte da esquerda? Isso causa preocupação? SÉRGIO: Qualquer pessoa que leia o livro vai perceber logo nas primeiras páginas que ele não pode ser apropriado pela direita. A direita brasileira sai muito mal disso tudo. Isso não quer dizer que a esquerda saia bem. Acredito mesmo que essas categorias, pelo menos em termos tão absolutos, estejam virando relíquias da Guerra Fria, o papo hoje é um pouco diferente. Mas, mesmo quando elas faziam todo o sentido, julgar uma obra de literatura por esses parâmetros sempre foi má idéia. E espero que o “Elza” seja julgado como literatura, porque é o que ele é. Dito isso, claro que me preocupa um pouco o uso…