Clique para visitar a página do escritor.
O calor, a baleia e a promessa
NoMínimo / 01/07/2009

Primeiro dia de Flip, e a melhor notícia – além de que as coisas estão funcionando conforme o previsto, tudo calmo no front – é a temperatura agradavelmente tropical que resistiu ao cair da noite, coisa inédita por aqui em minha experiência: normalmente, mal o sol se esconde, o inverno de Parati exige casacos e pulôveres imediatamente, por maior que tenha sido o calor durante o dia. Não foi o caso desta quarta-feira. O show de Adriana Calcanhotto, daqui a pouco, promete ser o primeiro da história da Flip a ser degustado em mangas de camisa. Um bom prenúncio – apesar das previsões de chegada de chuva pesada, que variam entre amanhã e sábado, agourarem ruas enlameadas e um certo mau humor generalizado. Mas no momento, sentindo a brisa morna que assovia na boca da baleia branca alegórica que domina a Praça da Matriz – e que a princípio eu achei que fosse Moby Dick, mas é a do Pinóquio, que branca não era – meu ceticismo em relação aos meteorologistas é invencível. Amanhã é dia de encarar o público, o que é sempre uma provação, mas a esta altura parece um preço justo a pagar. Acho promissora a mesa…