No ‘Para escrever’ de Luiz Antonio de Assis Brasil, a terceira regra básica é a seguinte: “Usar material de primeira qualidade: bom computador, bom papel de impressão, bons cadernos (sugiro o Moleskine), boas canetas, bons lápis”. Leia outra vez, por favor. Em outras palavras, preciso ter muito dinheiro para escrever, uma vez que tudo que foi listado aí custa caro (um Moleskine custa em torno de uns 50 reais). Não posso, por exemplo, escrever no meu caderno da extinta Papelaria União?! Ou na minha caderneta Tilibra?! * No ‘Para escrever’ de Marcelino Freire, a quinta regra básica é esta: “Ler e beber muito. E, no mais: viver”. Tudo bem quanto a ler muito. Mas e “beber muito”?! Beber água?! Coca-cola?! Chá?! Não. Acredito que “beber muito” se refira beber muita cerveja, vodka, tequila e etc. E “viver”?!. Até onde eu saiba nenhum morto é capaz de escrever. Viver é experimentar a vida?! Viver e “beber muito” estão, quase com certeza, relacionados a uma imagem de escritor junkie/beatnik/freak. A reportagem (só para assinantes) sobre a onda das oficinas literárias publicada pelo caderno Mais! da “Folha de S.Paulo”, domingo agora, provocou o comentário acima no blog Pesa-Nervos. De fato, as “regras básicas”…