Para quem nunca estudou letras nem gostou de ler crítica, é a chance de ter contato, mesmo que resumido, com as principais técnicas, discussões e correntes da história da literatura. Parece burocrático, mas evita a tentação de reinventar a roda. (…) Para quem está ansioso por mostrar seu trabalho, é a chance de evitar jogá-lo sem filtro num blog ou livro pago do próprio bolso, o que no futuro será fonte de culpa e horror. (…) oficina não dá talento a ninguém, e sim melhora a técnica, que é o instrumento para levar o talento à página em branco. Não imagino como possa acontecer o contrário, isto é, as aulas castrarem o potencial de alguém. O escritor gaúcho Michel Laub, que lançou este ano o romance “O gato diz adeus”, é freqüentemente citado como argumento vivo em defesa das oficinas literárias por ter passado, como Cintia Moscovich e Daniel Galera, pelas aulas de Assis Brasil. Agora ele verbaliza o argumento e o desdobra em dez partes, nesta lista sensata publicada pelo jornal “Zero Hora” e republicada em seu blog. Nunca passei por oficina nenhuma, mas tendo a concordar com tudo ou quase tudo. Bom motivo para soprar as brasas da…