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O livro, o celular e o mingau
NoMínimo / 03/11/2009

Uma empresa de pesquisa de mercado chamada Flurry acaba de anunciar (em inglês) que, em setembro deste ano, os aplicativos de livros para iPhone tomaram pela primeira vez dos aplicativos de games a liderança em número de downloads. A informação fica mais interessante quando degustada ao lado da reportagem (em inglês) que Joel Achenbach publicou na quinta-feira passada no “Washington Post”, sobre o futuro das narrativas longas na era digital: Para entender a mágica da narrativa, é preciso refletir sobre o surgimento no Japão dos “romances de celular”. Trata-se de romances escritos num teclado de celular. O leitor o baixa tela por tela. Os japoneses, sempre tecnófilos, andam lendo seus telefones do modo como os ocidentais costumavam ler o jornal diário. Há duas formas de encarar a situação. Uma é fazer da engenhoca eletrônica a estrela de uma história heróica chamada “A mídia cambiante”. Novos aparelhos podem fazer qualquer coisa! Não apenas põem você em contato com os amigos, mas também armazenam seu álbum de fotos, informam a latitude e a longitude e escrevem romances fabulosos. Mas outro modo de descrever a situação é dizer que não se pode abafar uma boa história. A história, não o aparelho, é que…