Num momento em que a humanidade está mesmerizada pela leitura eletrônica, uma surpreendente e rudimentar invenção mecânica para quem ama os livros de papel (que não, NÃO vão desaparecer): o Thumbthing, que o blog de livros da “New Yorker” chama de “revolucionário” – meio de brincadeira, mas só meio. A idéia, claro, é segurar confortavelmente o livro com apenas uma mão, mantendo abertos aqueles volumes que insistem em se fechar sozinhos, enquanto com a mão livre se executa outra ação qualquer, como adoçar o café. Como um admirador do Kindle que valoriza sua capacidade – ainda pouco louvada – de ficar “aberto” sem precisar de nenhum tipo de calço (o que acabou com meus velhos problemas para ler às refeições), respeito quem se preocupa com os aspectos mais triviais, físicos, da leitura, e fiquei contente com esse contra-ataque do mundo analógico. Ah, o fabricante lembra que a coisa funciona também como marcador. Se vai pegar, não sei, mas achei bacana. Bobagem, certamente. Mas não mais do que a maioria dos aplicativos para iPhone.