Seria de imaginar que o rápido despejo da literatura das páginas das revistas comerciais fosse uma bênção para as revistas literárias, especialmente nos ambientes acadêmicos que se tornaram portos seguros para (e mecenas de fato de) escritores cujas obras não vendem o suficiente para gerar receita. Seria de esperar que os leitores leais de escritores estabelecidos promovessem um aumento na tiragem dessas pequenas revistas e que as universidades passassem a enxergá-las sob uma nova luz – não apenas como promotoras do prazer da literatura, mas como promulgadoras de uma nova era de escrita socialmente consciente nesses tempos pós-comerciais. Mas quanto menos comercialmente viável a ficção foi ficando, menos ela parecia se preocupar com seu público, que por sua vez tornou-a ainda menos comercial, até que, como uma estrela moribunda, ela parece à beira de implodir. Na verdade, a maioria dos escritores americanos parece ter esquecido como escrever sobre grandes temas – como se dar a mínima pelota para o mundo fosse algo que ficou esmagado sob a sola da bota do pós-modernismo. As reflexões amargas de Ted Genoways – editor da “Virginia Quarterly Review”, uma pequena e (cada vez menos) prestigiosa revista literária acadêmica dos EUA – merecem ser traduzidas…