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‘Sobrescritos’: orelha, orelhas
NoMínimo / 22/02/2010

Não, o livro de papel não morre tão cedo, e a prova disso é que está nascendo mais um. Com o bicho na gráfica e o lançamento carioca marcado para a noite de 10 de março, uma quarta-feira, na Travessa de Ipanema, tenho o prazer de adiantar aqui o texto da orelha de “Sobrescritos” (Arquipélago Editorial), assinado por Arthur Dapieve: As pessoas coçaram atrás da orelha. Depois, porém, as pessoas coçaram atrás da orelha de novo. Por fim, as pessoas ficaram com o lado de trás da orelha inteiramente escalavrado. Quando os primeiros Sobrescritos apareceram, enigmáticos, na coluna Todoprosa, de Sérgio Rodrigues, no bom e velho site NoMínimo, as pessoas suspeitaram que eram minicontos à clef, dispostos a esculhambar de vez o mundo das letras. Quem seria o “escritor de barba espessa e fama rala?”, alarmaram-se alguns. E o inesquecível Lúcio Nareba, “lenda da blogosfera literária nacional”, quem haveria de ser?, sussurraram outros. Felizmente, houve também quem percebesse de cara que todas essas figuraças, incluindo Demóstenes Bastião, o que escrevia em preto e branco, ou o latinista Cecilio Giovenazzi, “o maior memorialista do onanismo no Ocidente”, habitavam era a interseção entre a capacidade de observação e o talento para fabular…