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A chegada do ‘Sabático’ desafia a maré
NoMínimo / 05/03/2010

A reforma gráfica e editorial que o jornal “O Estado de S. Paulo” estreará no próximo dia 14 inclui uma novidade de grande relevância para o meio ambiente literário, especialmente num clima global em que os suplementos de livros da grande imprensa só fazem encolher ou morrer: um caderno dedicado à literatura – aos sábados, naturalmente – chamado Sabático. Está certo que o nome soa pernóstico, mas, antes mesmo de ver o produto, vale dizer: boa, Estadão! Será mais um sinal de que a imprensa que depende de celulose está menos moribunda do que tanta gente, principalmente gente que nunca arranjou emprego numa redação, anda apregoando alegremente nos últimos anos? É o que argumenta o escritor americano – e fundador da editora independente McSweeney’s – Dave Eggers, em defesa de seu recém-lançado jornal-de-um-número-só (mas a coisa mais linda do mundo) San Francisco Panorama. “Há um monte de coisas que a imprensa de papel pode fazer como ninguém e que a internet não pode”, diz Eggers com a autoridade de quem praticamente nasceu no ambiente digital, na equipe da revista eletrônica Salon.com. “As duas formas deveriam coexistir, em vez dessa situação de soma zero em que parecemos empacados hoje.”