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E-book: e se não for nada disso, hein?
NoMínimo / 12/03/2010

Nada como um espírito-de-porco ou advogado do diabo para nos fazer pensar com mais lucidez quando todo mundo fica histérico. Levi Asher, do Literary Kicks (via blog de livros da “New Yorker”), ousa insinuar que o rei está nu: Muitos observadores esperam que o mercado de livros eletrônicos acompanhe a velocidade do mercado de música, que se tornou subitamente digital no início dos anos 2000 e que hoje, provavelmente, guarda uma relação de 95% a 5% entre digital e analógico (uma diferença enorme para os 50% a 50% que eu prevejo para os livros dentro de vinte anos). Tornou-se lugar-comum dizer que o e-book será tão popular quanto o MP3, mas o MP3 solucionou alguns problemas reais, ao contrário do que faz o e-book. A equação sensorial/física de ouvir música é na verdade muito diferente da de ler. Um aparelho de MP3 desaparece quando você ouve música. Um livro não desaparece – nem no reino digital nem no impresso. Você olha para ele. Faz diferença que tamanho ele tem, de que cor é, se é duro ou mole, se é frágil, se marca a página em que você está. Ao ler um livro, todas essas considerações afetam seu prazer, de…