Pensando em como ajudar os leitores que quiserem participar do concurso de resenhas promovido aqui no vizinho “Veja Meus Livros” (saiba mais), lembro-me das cinco regras para uma boa crítica jornalística formuladas há décadas pelo escritor americano John Updike, que morreu ano passado. Uma resenha no fundo é um gênero fundamentalmente livre. Ressalvada a obrigação de trazer informações básicas sobre o livro em questão, vai ser tão boa quanto a leitura de quem a escreve. Isso quer dizer que não se trata de uma receita a ser seguida passo a passo, mas vale pelo menos refletir sobre os toques do autor do recém-relançado (pela Companhia de Bolso) “As bruxas de Eastwick”: 1. Tente entender o que o autor quis fazer, e não o culpe por não conseguir fazer aquilo que não tentou. 2. Transcreva trechos da prosa do livro em extensão suficiente – pelo menos uma passagem mais longa – para que o leitor da resenha possa formar sua própria impressão. 3. Confirme sua descrição do livro com uma citação do próprio, mesmo que só uma frase, em vez de fazer apenas um resumo vago. 4. Vá devagar com o resumo da trama, e não entregue o fim. 5. Se…