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Vila-Matas e o paradoxo de Hanna-Barbera
Vida literária / 18/05/2011

E o Brasil finalmente acerta o passo com o escritor catalão Enrique Vila-Matas. O lançamento do romance “Dublinesca” (Cosac Naify, tradução de José Rubens Siqueira, R$ 55,00), hoje à noite, em São Paulo, com a presença do autor, marca o momento em que sua obra tão prolífica quanto festejada passa a chegar aos leitores brasileiros em tempo real ou quase isso: o livro saiu ano passado na Espanha e ainda nem está disponível em inglês. É verdade que Vila-Matas, o anti-Bartleby por excelência, já enfileirou outros dois títulos (recapitulando escritos antigos) desde então, mas sobre isso, tradução simultânea à parte, não há nada que se possa fazer. É a primeira vez que a defasagem entre lançamento original e edição brasileira fica tão curta desde que, em julho de 2004, com “A viagem vertical” (de 1999), a mesma Cosac Naify começou a introduzir os leitores brasileiros à obra daquele que é um dos principais autores da literatura contemporânea e talvez o mais desavergonhadamente metaliterário – de uma metalinguagem lúdica que é o oposto da pompa e da sisudez – da história. Dois meses depois da publicação de “História abreviada da literatura portátil” (tradução de Júlio Pimentel Pinto, R$ 39,00), o mais…