A propósito do lançamento do tijolão The Cambridge history of the American novel, produto de um coletivo de acadêmicos, o crítico Joseph Epstein publicou sábado no “Wall Street Journal” o mais devastador artigo (em inglês, acesso gratuito) que já li sobre o progressivo afastamento entre os estudos literários feitos no âmbito da universidade e tudo aquilo que na vida real faz da literatura, literatura. “Só o que ficou fora do livro”, diz Epstein com ironia, “foram questões como a de por que é importante e mesmo prazeroso ler romances e como acontece de certos romances serem imensamente superiores aos outros.” Basta abstrair as referências à realidade americana para ter um retrato mais ou menos fiel do que se passa no Brasil e, presumo, em muitos outros países. Para leituras complementares, recomendo dois textos que publiquei aqui no Todoprosa: A crítica de mal com a literatura e Quer odiar literatura? Estude Letras. Tenho certeza que um dia nós – ou nossos descendentes – vamos rir disso tudo. Mas será preciso esperar tanto? Abaixo, alguns trechos do artigo de Epstein: É improvável que a maioria dos leitores já tenha ouvido falar dos autores que colaboram em “The Cambridge history of the American…