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Por que ‘Laranja mecânica’ ainda dá suco e outros links
Pelo mundo / 31/08/2012

Em artigo no “New York Times” (em inglês), adaptado do prefácio que escreveu para a edição comemorativa do livro no Reino Unido, Martin Amis tenta entender por que o romance “Laranja mecânica”, de Anthony Burgess, ainda está vivo (certamente mais do que o filme homônimo de Stanley Kubrick) meio século após seu lançamento. Sua aposta é que a chama que não se apaga reside na improvável paixão extremada de Alex, o sociopata caricatural que cultiva a “ultraviolência”, pela música clássica: Num só golpe, e sem sentimentalismo, Alex é realinhado. Ele agora foi equipado com uma alma, até mesmo com uma suspeita de inocência. Burgess ventila a sugestão sinistra, mas não implausível, de que Beethoven e Birkenau não apenas coexistiram, mas se combinaram e conspiraram, inspirando sonhos loucos de supremacia e onipotência. * A propósito, isto é para quem não resiste a uma lista, por mais questionável que ela seja: o site Popcrunch escolhe os 16 (estranha opção numérica) maiores romances distópicos de todos os tempos, por ordem decrescente de grandeza. Todos escritos em inglês, claro, em lógica semelhante àquela que transforma em World Series o campeonato americano de beisebol (embora seja preciso reconhecer que o gênero se confunde com a…