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O ‘boom’, 50 anos depois: deixem o pai vivo
Mercado , Pelo mundo / 12/11/2012

Essa mania de matar o pai, inclusive como simples simbologia freudiana, me parece uma estupidez, a menos que o pai seja um delinquente. Em relação aos grandes do ‘boom’ não podemos sentir nada além de gratidão: foram eles que nos abriram as portas do mundo e dos leitores. Nos livraram do complexo de idiotas ou de subdesenvolvidos. Nos mostraram caminhos literários completamente novos, e não para seguirmos no mesmo rumo, mas para buscarmos saídas novas em qualquer encruzilhada. A declaração do escritor colombiano Héctor Abad Faciolince resume o tom reverente – ou, digamos, de irreverência contra a irreverência – que marca a longa série de artigos comemorativos dos 50 anos do chamado boom da literatura latino-americana (na verdade, hispano-americana) publicados pelo jornal espanhol “El País”. O ano de 1962 virou marco por ter concentrado o lançamento de uma série de livros identificados com o movimento, entre eles “A morte de Artemio Cruz” (foto), de Carlos Fuentes. * Semana passada, participei da gravação da conversa com o editor franco-americano André Schiffrin para o programa “Roda Viva”, da TV Cultura, como um dos entrevistadores convidados. Aos 77 anos, Schiffrin tem história. Filho do homem que criou a Bibliotèque de la Pléiade, foi…