Blurb não tem, que eu saiba, uma tradução concisa em português. É aquele texto curtinho elogioso ao autor, em geral composto de uma ou duas frases e às vezes de uma única palavra, que aparece na capa ou na contracapa de um livro. Usado com alguma parcimônia no Brasil, é praticamente obrigatório no mercado americano. Quase sempre é extraído de uma resenha publicada, mas também existem os de encomenda. Blurb que se preza traz uma assinatura prestigiosa de escritor ou crítico colada na traseira, embora o elogio também possa ser referendado só pelo nome da publicação nos casos – não muito raros – em que este dê mais peso à louvação que o do crítico meio obscuro. Como se vê, trata-se de um gênero que tem mais a ver com promoção e marketing do que com literatura ou crítica literária. O próprio nome é pejorativo desde a origem e consta que foi popularizado nos primeiros anos do século 20 por um humorista, Frank Gelett Burgess. Sua credibilidade é baixa por uma razão simples: é possível recortar um blurb bastante decente de praticamente qualquer resenha. Mesmo que seja negativa, e ressalvados casos extremos de demolição da obra, uma apreciação crítica séria…