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Contra Gatsby: sobre a arte de jogar pedra nos clássicos
Pelo mundo / 27/05/2013

Em um ótimo artigo (em inglês) no blog de livros da “New Yorker”, Sam Sacks tenta recuar dois passos para falar em termos menos apaixonados – e mais historicamente fundamentados – da polêmica deflagrada pelo recente torpedo “Por que eu desprezo ‘O grande Gatsby’”, de Kathryn Schulz (em inglês, aqui). Na verdade, mais do que o artigo original e a onda de condenações que ele levantou, a principal motivação de Sacks parece ser um tuíte em que a escritora Joyce Carol Oates tenta blindar o romance do colega F. Scott Ftizgerald dizendo o seguinte: “Odiar ‘O grande Gatsby’ é como cuspir no Grand Canyon. Ele não vai desaparecer tão cedo. Você vai”. Achei honesto o artigo de Schulz, ainda que não concorde com ele em seu ponto mais fundamental: considero ‘Gatsby’ um belo livro. No entanto, como Sacks, também fiquei incomodado com as tentativas generalizadas de desqualificar a crítica de antemão, como se a ousadia de falar mal de uma obra canônica não pudesse obedecer a nenhuma outra motivação além daquele impulso baixo, a “vontade de aparecer” – que em sua versão contemporânea pode ser traduzida como “fome de cliques”. Sim, é verdade que jogar pedras em ídolos é um…